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31/10/2025 às 10:49

Nação sitiada: o crime domina, o governo se omite, e só os valentes resistem

O que aconteceu no Complexo do Alemão e na Penha, no Rio de Janeiro, não é um caso isolado. É o retrato de um Brasil sitiado pelo crime organizado, um país refém de facções que controlam bairros, fronteiras, portos e até a política local em diversos estados. Não existem mais “zonas de risco”: o território nacional inteiro virou campo de guerra. De norte a sul, traficantes e milicianos desafiam o Estado, armados até os dentes e sustentados por uma rede que mistura corrupção, medo e omissão.

Nesse cenário, quem encara o crime de frente merece respeito. Os policiais civis e militares que arriscam a vida diariamente são os verdadeiros heróis do Brasil contemporâneo. Não há glória nem romantismo no que fazem, é o trabalho sujo e perigoso que ainda sustenta o pouco de ordem que resta. Cada operação, cada confronto, cada incursão é a prova viva de que ainda há brasileiros dispostos a lutar pelo que é certo.

Governadores que têm coragem de agir com firmeza merecem apoio, não críticas. Eles entenderam que não se combate crime com hesitação, com palavras mansas ou com medo de desagradar grupos políticos, como foi o caso do Rio de Janeiro. Combate-se com ação, inteligência e força, quando necessário. O Estado precisa retomar o território que o governo federal nesta atual gestão entregou ao crime organizado. Líderes que agem assim não são “duros demais”, estão apenas fazendo o que o governo federal se recusa a fazer: enfrentar o problema de frente.

Enquanto isso, a “alta cúpula” de Brasília segue distante da realidade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em vez de liderar uma política nacional de segurança, prefere discursos desconectados do país real. Há mais ou menos duas semanas, durante visita oficial à Indonésia, Lula afirmou que os traficantes são "vítimas dos usuários" enquanto falava sobre o combate às drogas no Brasil. "Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também", afirmou. A declaração não foi apenas infeliz, foi uma afronta aos que morrem e aos que lutam para conter o avanço das drogas. Chamar de “vítima” quem empunha um fuzil, recruta crianças e espalha terror é inverter completamente os valores da nação.

Essa postura covarde e conivente é o retrato de um desgoverno que destrói o Brasil todos os dias, não só com corrupção e a falta de aparelhamento, mas com o abandono das ruas, das fronteiras, dos policiais e das famílias que vivem sob o medo. Um governo que se cala diante da violência é cúmplice dela. Um presidente que relativiza o crime é inimigo da ordem.

O crime organizado não conhece fronteiras. Está no Rio, em São Paulo, na Bahia, no Pará, no Ceará, no Paraná, em todo lugar onde o Estado recuou. É por isso que os governadores com pulso firme precisam ser apoiados. São eles que, apesar das limitações, ainda mantêm o país de pé. E neste ponto, como mato-grossense,  abro um espaço para parabenizar o governador Mauro Mendes, que tem um perfil combativo ao crime organizado em Mato Grosso.

O Brasil precisa escolher de que lado está: ou apoia quem enfrenta o crime, ou continuará sendo refém dele. Não há “meio-termo”. O país está cansado de desculpas e de discursos de “paz” que só protegem bandidos. É hora de coragem, de ação, de líderes que não abaixem a cabeça para traficantes, milicianos ou para um governo federal que virou as costas à segurança pública, nitidamente e descaradamente.

O verdadeiro Brasil está nas viaturas, nos helicópteros, nas fardas suadas, nas madrugadas em que policiais saem sem saber se voltam. O resto é ruído. O resto é omissão. E contra a omissão, só há uma resposta possível: COMBATE!

Paulinho do Hipismo

Paulinho do Hipismo
é empresário em Mato Grosso 
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