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Artigos / Colunas / Gilberto Figueiredo

13/02/2020 às 11:42

Coronavírus: um contexto que exige responsabilidade e empatia

Não é difícil chegar à conclusão de que muitos seres humanos sofrem com os efeitos devastadores da epidemia na China

Foto: Assessoria

Nos últimos dias, o mundo foi bombardeado com notícias tristes sobre o novo Coronavírus: vídeos assustadores, imagens impactantes e sensação de pânico até mesmo para quem não está no epicentro da epidemia. Contudo, diante de tantas informações (críveis ou não), proponho um exercício simples e valioso: o da empatia. 

Você já esteve em uma cidade onde as pessoas têm medo de sair nas ruas? Já chegou em um supermercado e não encontrou sequer os itens básicos para a sua sobrevivência? Esteve isolado, obrigatoriamente, de toda e qualquer pessoa por mais de um mês? Você já participou da construção de um hospital edificado em menos de 10 dias?
 
Eu imagino que a resposta seja não para boa parte dessas perguntas, se não para todas. Embora eu entenda que a minha realidade é muito distante daquela vivida hoje pelo povo chinês, também consigo compreender que esse não é um momento fácil para um dos principais países do continente asiático; é uma situação de emergência e dor. 

Não é difícil chegar à conclusão de que muitos seres humanos sofrem com os efeitos devastadores da epidemia na China. Por essa e outras razões, creio que a empatia seja a única saída para situações que exponham um indivíduo ou uma população à vulnerabilidade, neste caso, manifestada como uma enfermidade. 

Me refiro aqui à solidariedade que se coloca no lugar do outro e trabalha em favor do espírito coletivo, da consciência de humanidade. Não devemos nos esquecer que, além de demonstrar uma atuação extraordinária no bloqueio das fronteiras da província de Hubei – que, diga-se de passagem, monitora aproximadamente 40 milhões de pessoas –, o povo e o governo chinês depositam credibilidade em nosso país.

Basta dizer que a China é, há mais de uma década, a maior parceira comercial do Brasil e a grande importadora de soja, um dos principais produtos do agronegócio brasileiro. Não se trata apenas do investimento, mas da relação de confiabilidade entre duas nações. É justamente por isso que o Brasil faz a sua parte, estende as mãos aos brasileiros que estavam no epicentro da doença e mantém a diplomacia que o atual contexto exige. 

Devo reconhecer que o Estado Brasileiro, por meio do Ministério da Saúde, também se mostra efetivo ao organizar um fluxo de assistência à população. Neste momento, propenso aos alardes irresponsáveis e inverídicos, é imprescindível frisar que os casos suspeitos ou confirmados devem ser atestados, primeiramente, pelos órgãos oficiais; bem como as etapas ligadas à suspeita de Coronavírus e às orientações voltadas para a população. 

Em meio a um cenário delicado, sejamos o indivíduo que checa a fonte das informações, que prioriza a higienização das mãos e o bloqueio físico de tosses e espirros; que também não diminui ou retalha uma nação que precisa da nossa empatia. Sejamos o cidadão que limpa o próprio terreno, que não deixa de lado a imunização pessoal e que tem consciência da responsabilidade que exerce na sociedade – afinal, a proliferação do novo vírus não anula doenças como a dengue, a influenza e o sarampo, que efetivamente se propagam em território nacional. 

Gilberto Figueiredo

Gilberto Figueiredo
Nos últimos dias, o mundo foi bombardeado com notícias tristes sobre o novo Coronavírus: vídeos assustadores, imagens impactantes e sensação de pânico até mesmo para quem não está no epicentro da epidemia. Contudo, diante de tantas informações (críveis ou não), proponho um exercício simples e valioso: o da empatia. 

Você já esteve em uma cidade onde as pessoas têm medo de sair nas ruas? Já chegou em um supermercado e não encontrou sequer os itens básicos para a sua sobrevivência? Esteve isolado, obrigatoriamente, de toda e qualquer pessoa por mais de um mês? Você já participou da construção de um hospital edificado em menos de 10 dias?
 
Eu imagino que a resposta seja não para boa parte dessas perguntas, se não para todas. Embora eu entenda que a minha realidade é muito distante daquela vivida hoje pelo povo chinês, também consigo compreender que esse não é um momento fácil para um dos principais países do continente asiático; é uma situação de emergência e dor. 

Não é difícil chegar à conclusão de que muitos seres humanos sofrem com os efeitos devastadores da epidemia na China. Por essa e outras razões, creio que a empatia seja a única saída para situações que exponham um indivíduo ou uma população à vulnerabilidade, neste caso, manifestada como uma enfermidade. 

Me refiro aqui à solidariedade que se coloca no lugar do outro e trabalha em favor do espírito coletivo, da consciência de humanidade. Não devemos nos esquecer que, além de demonstrar uma atuação extraordinária no bloqueio das fronteiras da província de Hubei – que, diga-se de passagem, monitora aproximadamente 40 milhões de pessoas –, o povo e o governo chinês depositam credibilidade em nosso país.

Basta dizer que a China é, há mais de uma década, a maior parceira comercial do Brasil e a grande importadora de soja, um dos principais produtos do agronegócio brasileiro. Não se trata apenas do investimento, mas da relação de confiabilidade entre duas nações. É justamente por isso que o Brasil faz a sua parte, estende as mãos aos brasileiros que estavam no epicentro da doença e mantém a diplomacia que o atual contexto exige. 

Devo reconhecer que o Estado Brasileiro, por meio do Ministério da Saúde, também se mostra efetivo ao organizar um fluxo de assistência à população. Neste momento, propenso aos alardes irresponsáveis e inverídicos, é imprescindível frisar que os casos suspeitos ou confirmados devem ser atestados, primeiramente, pelos órgãos oficiais; bem como as etapas ligadas à suspeita de Coronavírus e às orientações voltadas para a população. 

Em meio a um cenário delicado, sejamos o indivíduo que checa a fonte das informações, que prioriza a higienização das mãos e o bloqueio físico de tosses e espirros; que também não diminui ou retalha uma nação que precisa da nossa empatia. Sejamos o cidadão que limpa o próprio terreno, que não deixa de lado a imunização pessoal e que tem consciência da responsabilidade que exerce na sociedade – afinal, a proliferação do novo vírus não anula doenças como a dengue, a influenza e o sarampo, que efetivamente se propagam em território nacional. 
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