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Artigos / Colunas / ​Leandro Reyes

12/08/2020 às 17:54

Ser inovador é essencial

Vivemos em tempos modernos, onde a tecnologia nos possibilita facilidades que até há alguns anos atrás eram inimagináveis. Grande parte dessas facilidades ficaram ainda mais evidenciadas no momento em que os telefones celulares tipo smartphones se tornaram praticamente parte do corpo humano, tornando aquilo que antes era impossível de se imaginar, tornar-se realidade diante dos nossos olhos.

O poderio dessa ferramenta facilitou inúmeras ações que antes eram possíveis somente mediante presença física e deslocamento para praticar o que era desejado, e hoje, temos diante de nossas mãos “poderes” que possibilitam trocar mensagens em tempo real, fazer chamadas por vídeo com pessoas em outra parte do mundo, promover reuniões de trabalho à distância, efetuar transações bancárias e uma série de outras ações.

Em um mundo de possibilidades e vantagens promovidas pela inovação tecnológica, vem chamando atenção e ganhando cada vez mais espaço as famigeradas Startups, que são pequenas empresas com tendências inovadoras, que se encontram em fase inicial, mas que detém um potencial de crescimento e lucro enorme.

Neste caminho, o setor econômico também busca soluções inovadoras com vistas a melhor atender seus clientes, facilitando as transações e diminuindo a burocracia que muitas vezes desmotivam àqueles que precisam de soluções imediatas e tem de se deslocar até uma agência para enfrentar filas e passar por todo aquele desgaste no momento de procurar o banco.

Assim, surge no mercado as chamadas Fintechs (a mais famosa delas é a Nubank), com origem do termo em inglês Financial Technology, que também são startups, mas prestam serviços voltados para o mercado financeiro com grande diferencial de fazerem uso da tecnologia e inovação.  A diferença entre elas é que a startup não necessariamente faz parte do setor financeiro. 

Existe um grande número de empresas que apresentam soluções inovadoras voltadas para o setor financeiro, e esse número vem crescendo ainda mais, pois se trata de uma tendência mundial que sem dúvidas irá modificar a relação entre Pessoas x Dinheiro.

Dados atualizados até maio deste ano pelo Distrito Fintech Report, mostram que o país possui pouco mais de 700 Fintechs, com crescimento de 34% em relação ao mesmo período registrado ano passado. Além disso os dados revelam que elas receberam US$ 910 milhões em investimentos.

Além de oferecer os mesmos serviços de um banco comum com custo mais baixo e foco na tecnologia, atendimento personalizado, a grande vantagem oferecida pelas Fintechs é que ela possibilita que o cliente faça o controle dos produtos por meio do seu próprio smartphone, sem que haja necessidade de pisar em uma agência bancária, entregando serviços com excelentes resultados, mais baratos e até gratuitos, mesmo não tendo estruturas físicas como as agências.

Quando as coisas apresentam demasiadas facilidades, elas costumam gerar desconfiança, e é natural e aceitável que isso aconteça, todavia no Brasil, todas empresas que prestam este tipo de serviço devem obrigatoriamente seguir o que o Banco Central estabelece como regras, que devem ser cumpridas por todas as empresas que atuam no ramo do setor financeiro.

Atualmente, mediante tudo o que estamos vivendo, o que se respira no mundo todo é tecnologia e informação, e isso faz com que as pessoas busquem soluções imediatas, eficientes e com resultados satisfatórios, e é exatamente nesse contexto que se encaixam as Fintechs, uma vez que surgem em boa hora levando-nos a crer que seja uma inevitável consequência do mundo moderno.

O uso eficiente da tecnologia é um tema de tanta relevância que os bancos tradicionais, ante iminente receio de perder espaço para as Fintechs, já se movimentam para aderirem o padrão de operação dessas startups.

Em um mundo onde o bombardeio de informações é constante e a evolução tecnológica avança diariamente, é importante que as empresas estejam atentas para que seus serviços ou produtos não se tornem obsoletos do dia para noite. Para tanto, faz-se  necessário que haja um esforço a fim de oferecer soluções inovadoras para seu público consumidor, eis, portanto, a grande vantagem que esbanjam as Fintechs.

Vale frisar que algumas soluções inovadoras podem colocar em risco o tomador do serviço ou do produto, uma vez que não EXISTIRÁ a figura da pessoalidade, o que torna o consumidor mais vulnerável. Portanto é preciso estar atento e buscar segurança na negociação. 

O ato de inovar, já se tornou uma obrigação para empresas e não mais um luxo, e algumas funcionalidades aparecem de forma tão sútil que passam por nós quase que despercebidas, nos impedindo de enxergar o grande passo tecnológico e inovador que elas representam. Porém, trazer uma solução tecnológica não se limita apenas na aplicação de um processo inovador, vai muito além disso, é necessário que seja algo flexível, eficaz e ágil, a fim de que as necessidades dos seus clientes sejam atendidas de maneira satisfatória e sua empresa se mantenha competitiva, garantindo assim a sua estabilidade e confiança no mercado.

Assim, ainda que tenhamos abordado a inovação tecnológica, a palavra inovar não está necessariamente atrelada à tecnologia, ela deve ser classificada como algo novo e que gere melhorias que possam ser revertidas em valores para pessoas, bem como para empresas.

​Leandro Reyes

​Leandro Reyes
 é empresário e ex-Secretário Adjunto de empreendedorismo e investimentos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso.
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