Mesmo surfando numa onda de rejeição de quase metade do eleitorado, com denúncias de corrupção, oposição esbravejante, o prefeito Emanuel pode ir no alfaiate e tirar as medidas para o paletó (recomenda-se aumentar o tamanho do bolso) para a posse no segundo mandato na administração de Cuiabá, sob as bençãos e a proteção do Muito Poderoso, que poderia ser uma pedra no caminho.
Sua reeleição é certa porque a oposição padece de anemia e da falta de um nome viável. O único com condições de fazer frente à maquina municipal seria o vereador Abílio, abatido precocemente por tragédias familiares. O governador Mauro Mendes, que deveria liderar o exército oposicionista, está com a saturação (esta palavra ficou na moda na era covidiana) baixa e sem tesão para o combate. O principal nome de seu exército, pousa de guri criado com vó e alimentado por leite condensado na mamadeira.
Os demais candidatos ou são desconhecidos do eleitorado ou com pontuação inexpressiva nas pesquisas. Para o segundo round da eleição, vai sobrar como antagonista o candidato que troca o L pelo R e que diria que o “crima esta gracial” para a oposição cuiabana. Um pouco de juízo unirá os contrários de Emanuel em torno de seu nome e a antiga política do arroz com o feijão vai prevalecer.
Outras lideranças expressivas e com poder de influenciar nos resultados, permanecem inertes e alheias ao que acontece nos currais eleitorais da capital de Mato Grosso. Aos cuiabanos, resta cantar aquela musiquinha dos “Mamonas Assassinas” com ritmo português bem adequada para o momento: “... Roda, roda e vira, solta a roda e vem... Me passaram a mão na bunda e ainda não comi ninguém...”