“Adiós muchachos, compañeros de mi vida,
Barra querida de aquellos tiempos.
Me toca a mi hoy emprender la retirada
Debo alejarme de mi buena muchachada...”
O cadafalso político está montado para a cerimônia marcada para o próximo sábado. Neste dia fatídico, o prefeito Emanuel vai anunciar se renuncia a candidatura à reeleição ou se vai para o suicídio político. Com o recorde de 69 por cento de rejeição, não tem outro caminho. Em caso de suicídio, será coletivo. Leva junto a companheirada da base legislativa.
O indício de que o navio começa a afundar pode ser sentido quando os ratos começam a pular fora. A ratazana mór do partido já deu sinais de que vai encontrar motivo para sair fora do apoio à candidatura de reeleição para a Prefeitura. Os vereadores que apostaram suas fichas no cavalo errado, perderam suas pules e terão como consolo o nostálgico esquecimento de seus nomes nas urnas.
Tudo muito dramático, como um tango argentino.
A trupe ainda tenta cruzar o Rio Cuiabá, a nado, mas do outro lado foi montada uma barreira para impedir o desembarque. Muito triste esse tango.
Como todo drama tem vingança, o cuiabano que vem sofrendo nos últimos anos com a falta de saúde decente, transporte digno, obras inacabadas, denúncias de desvios, se arma com o voto para fazer justiça. Nota final desse tango argentino. Triste, muito triste.
“Adiós, Muchachos...”, com Carlos Gardel, é a música indicada para esse sábado.
