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14/10/2020 às 07:22

MINHA PADROEIRA

O texto de hoje pode ser interpretados por alguns como um texto católico, de alguém que é devoto a Nossa Senhora Aparecida. Entretanto, na semana da padroeira do Brasil, venho falar para vocês sobre “respeito”. E para não deixar dúvidas, sou sim devoto de Nossa Senhora Aparecida, com muito orgulho. Sempre tomo cuidado com o assunto é religião, pois sempre achei que devemos respeitar todas as escolhas do nosso próximo, seja ela qual for.

Sabe qual é o cúmulo do desrespeito religioso? Eu poderia dar vários exemplos, mas prefiro dar apenas um, lá vai. O ano era 1995, no dia 12 de outubro (dia de Nossa Senhora Aparecida), quando um ex-bispo, de forma deliberada, chutou a imagem da padroeira do Brasil em um programa de televisão. Este evento em questão, que causou tanta comoção em toda comunidade católica do nosso país, completou exatos 25 anos nesta última segunda-feira (12). Daí eu pergunto, o que mudou de lá para cá? Estamos mais tolerantes?

Se você perguntar para um ateu sobre Nossa Senhora, ele te dará argumentos científicos e históricos sobre sua existência. Se você perguntar sobre Nossa Senhora para outras religiões, eles não irão dar o mesmo valor. E o respeito é isso gente, ouvir todos os pontos de vista e saber respeitar a opinião dos outros. Eu acredito que o planeta Terra é redondo, mas nunca irei desmerecer ou maltratar quem acha que o nosso mundo é plano. Isso é ser tolerante.

Segundo dados de uma pesquisa realizada no início deste ano, 50% da população brasileira é católica, 31% evangélicos, 10% não têm religião, 3% espírita, 2% são de umbanda, candomblé ou outras religiões afro-brasileiras, 2% outras, 1% ateu e 0,3% judaica. Este é o “mapa religioso” do nosso país. Ainda assim, mesmo com tanta miscigenação religiosa, infelizmente ainda vemos atos de preconceito, muitas vezes de forma velada, mas sempre presente.

Como dizem na igreja, eu não poderia vir aqui, falar sobre respeito, religiões, e não dar o meu “testemunho”, pois vivenciei situações que deixariam qualquer pai à beira da loucura, recebendo forças para lutar e enfrentar meus obstáculos por meio da fé, mas precisamente a fé em Nossa Senhora Aparecida. Em resumo, pois precisaria de pelo menos mais uns dez parágrafos para terminar minha história, foi em Nossa Senhora que eu e minha família encontramos conforto, vencemos os obstáculos e hoje somos eternamente gratos. Por isso eu digo, antes de você criticar a religião de alguém, pergunte-se: “O quão bem esta religião faz para esta pessoa?”.

Paulinho do Hipismo

Paulinho do Hipismo
é empresário em Mato Grosso 
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