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Artigos / Colunas / Vivaldo Lopes

27/03/2019 às 10:35

Privatização dos aeroportos

Finalmente o governo federal realizou, na última sexta (15), o leilão de concessões dos quatro aeroportos de Mato Grosso: Cuiabá/Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta. Considerado um sucesso, o leilão ofertou outros oito aeroportos regionais localizados no sudeste e nordeste. A modelagem da privatização teve início nas administrações anteriores e mantida e executada pela equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro.Essa modelagem, além do prêmio pago inicialmente pelo consórcio vencedor, prevê o chamado risco compartilhado. O operador terá uma carência de cinco anos e pagará ao governo federal um percentual da receita bruta da operação. Em contrapartida, terá que efetuar todos os investimentos necessários para melhorar o conforto dos passageiros, modernizar as instalações e aumentar a quantidade de pousos, decolagens e o volume de passageiros embarcados.

A operação privada dos quatro aeroportos trará expressivos benefícios para a economia de Mato Grosso. A operação será conduzida por empresa especializada e o consórcio demonstrou, na etapa de qualificação, ter capacidade financeira para efetuar os investimentos exigidos no edital da concessão. Faz parte do consórcio que vai administrar os aeroportos de nosso estado a operadora Socicam que tem boa experiência em gerenciamento de aeroportos regionais de pequeno e médio porte. O total de investimentos previstos são de R$ 771,6 milhões ao longo dos próximos cinco anos, gerando empregos, renda e arrecadação de tributos estaduais e municipais nas cidades onde os empreendimentos estão localizados. 

A privatização dos aeroportos reflete a acertada constatação da incapacidade financeira da administração federal e estados para construir com dinheiro público a infraestrutura econômica que o país exige. Daí a opção pela aliança estratégica com o capital privado como alternativa viável para melhorar eficiência logística e amentar a competitividade econômica do país.

O momento tornou-se bastante propício para que os líderes políticos, empresariais,  institucionais e toda a sociedade exijamos da administração federal a aceleração da privatização do trecho da rodovia BR 163 de Sinop a Santarém (PA) e das três ferrovias que são até mais importantes que os aeroportos para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso. Falo da Ferrovia de Integração do Centro Oeste – FICO que interliga Campinorte (GO) a Lucas do Rio Verde, passando por Água Boa, a Ferrovia da Produção (ferrogrão), de Sinop a Miritituba (PA) e o trecho da ferrovia senador Vicente Vuolo, que sai de Rondonópolis até Cuiabá. A construção desse conjunto logístico permitirá o impulso produtivo que tornará Mato Grosso, até 2030, o maior produtor de alimentos do país e um dos maiores do mundo.

Vivaldo Lopes

Vivaldo Lopes
Vivaldo Lopes, economista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso. Pós-graduado em  MBA- Gestão Financeira Empresarial pela FIA/US.
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