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Artigos / Colunas / Giovana Fortunato

12/05/2023 às 07:47

Ser mãe é muito mais do que ficar grávida

A comemoração do Dia das Mães se popularizou nos Estados Unidos a partir de 1914, mas a sua celebração teve origem na Grécia e na Roma Antiga.

Os cultos de adoração às divindades que representavam as mães se realizavam nas festas primaveris gregas e romanas. Algumas dessas divindades eram as deusas Reia, mãe dos deuses, e Cibele, a deusa mãe romana, conhecida também por Magna Mater.

Com o passar do tempo, a celebração foi crescendo e adquiriu lugar de destaque nas datas comemorativas, sendo festejada em quase todas as partes do mundo. Entretanto, a data foi oficializada no Brasil em 1932, no governo de Getúlio Vargas. O segundo domingo de maio é consagrado às mães, em comemoração aos sentimentos e virtudes que o amor materno concorre para despertar e desenvolver no coração humano, contribuindo para seu aperfeiçoamento no sentido da bondade e da solidariedade humana.

Em 1947, a data do Dia das Mães passou a ser incluída no calendário oficial da Igreja Católica no Brasil. Desde então, é celebrada por famílias de todas as religiões e cantos do país.

Sabemos que a gestação é sinônimo de transformação, daquela que ultrapassa o fisiológico. É claro que o organismo sofre diversas
mudanças estruturais para a recepção de uma nova vida em seu ventre, porém a mudança psico-emocional é a mais forte e evidente. Do início do período gestacional até o nascimento do bebê, a mulher deve aceitar e compreender o conceito da formação de uma nova família, da sua própria família. É exatamente durante esses noves meses que a mãe passa a amar, cuidar e proteger aquele pequeno ser, cujo rosto ainda nem foi visto ou cujos traços ainda não podem ser tidos como herança do pai ou da mãe.

Ainda que nossos obstetras seccionem o cordão umbilical após o nascimento do bebê, sabemos que o vínculo real entre mãe e filho nunca será cortado. É um elo invisível que perdura por toda a vida e que tem uma força superior a todos os sentimentos no mundo. Essa comunicação é o sentimento mais puro, chamado de AMOR.

A gravidez é com certeza uma fase mágica e muito especial para todas as mulheres, mas não pode e nem deve minimizar as mamães que tiveram seus filhos de outras formas, como por exemplo: adoção, criação ou útero de substituição. Ser mãe é muito mais do que ficar grávida. Ser mãe é um dom, uma parte de você.

Com o nascimento da minha filha Maria Júlia, a maternidade me fez ser uma mulher mais resiliente, multifacetada e criativa. As habilidades como: eficiência, organização, planejamento e senso de prioridade afloraram e outras estão em pleno desenvolvimento: inteligência emocional e paciência. O mais importante foi sair da zona de conforto e estar em constante crescimento e amadurecimento.

O dia a dia de uma mãe não é fácil, muitas tarefas a se cumprir: filho, casa, trabalho e muitas vezes esquecemos de cuidar de nós mesmas. Um dia você está insegura, confusa e no outro percebe uma força, uma motivação, um amor incondicional de cuidar e proteger.

A vida de mãe não é perfeita, não é saber tudo, mas estar disposta a aprender e evoluir diariamente. Ser mãe é sinônimo de amor, dedicação, paciência e equilíbrio; é buscar enfrentar os desafios diários com mais leveza e muito amor para ser a melhor mãe que seu filho precisa e merece. Feliz dia das mães!

Giovana Fortunato

Giovana Fortunato
Giovana Fortunato é ginecologista e obstetra, professora da UFMT e especialista em endometriose e infertilidade
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