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23/08/2019 às 17:51

Julgamentos destroem a autoconfiança

Julgamentos destroem a autoconfiança O ser humano é dotado de potencial e forças inimagináveis dentro de si. Por que será, então, que as pessoas estão cada vez mais inseguras e amedrontadas? Como vai a sua autoconfiança? Você tem se sentido diminuído diante do mundo e das outras pessoas?

Um dos fatores que mais gera insegurança é o julgamento, principalmente o valor que se dá ao julgamento alheio sobre si, mas também o quanto você julga o outro. Essa infeliz mania de focar no que há de pior em
você e no outro, e de reduzir as pessoas ao que elas têm de não tão bom, ou de enxergar a si mesmo como a pior pessoa que existe, mina o estado de segurança e autoconfiança.

O amadurecimento da personalidade, consequentemente a conquista de autoconfiança, passa pela  compreensão de que não existe ser humano que não falha, que não erra, e que todos somos dotados de misérias – umas mais, outras menos expostas. É preciso ser menos carrasco de si, pois, aceitar (que não significa se conformar) as misérias, é aceitar-se humano. E aceitar a sua humanidade é essencial para o desenvolvimento de uma personalidade saudável.

Quando não aceito minha humanidade, imponho sobre mim o fardo de uma perfeição divina que me é inalcançável e paralisante, porquanto não é a minha natureza. Isso faz com que meu foco esteja sempre nas falhas, nos erros, nas perdas, nas quedas. E se essa fosse a régua para nos medir, seríamos realmente todos miseravelmente iguais, uma vez que somos todos humanos.

O diferencial das pessoas seguras e autoconfiantes está no fato de que, aceitando sua humanidade, focam em batalhar pela melhora pessoal a cada dia. São pessoas que não se paralisam diante do erro, nem da possibilidade de errar. Primeiro porque entendem que o elemento coragem pressupõe ter de enfrentar a dor, uma possível falha e o desconforto do sofrimento. Segundo, porque fazem do erro uma oportunidade de crescimento e amadurecimento.
 
Quando isso acontece, o parâmetro deixa de ser o julgamento alheio, e também não se desperdiça mais tempo julgando o outro. Nunca se esqueça que viver à mercê dos julgamentos que fazem sobre você é transferir o comando da sua vida a terceiros, permitindo que te reduzam às suas falhas; e que viver julgando os outros te torna cego para seus próprios pontos de melhoria.

O olhar mais atento, realista e humano para quem você é, permite-lhe enxergar e declarar o que você tem de bom, e a aceitar e conviver com o fato de que ser humano é ser passível de erros. Quanto menos julgamentos, mais autoconfiança!
 
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