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07/07/2020 às 12:22 | Atualizada: 07/07/2020 às 13:27

Queime os seus navios e saia da zona de conforto

Nas minhas palestras, treinamentos e também nos atendimentos aos coachees, algumas palavras, ou melhor, algumas dores são comuns a todos os públicos, entretanto, o desafio é: O que fazer para manter a motivação? Como trabalhar com mais entusiasmo, desenvolver e honrar bons relacionamentos interpessoais? Conforme a história, a solução é conhecida por muitos:
 
QUEIME OS SEUS NAVIOS! SAIA DA ZONA DE CONFORTO!

Nos EUA, existe a expressão “burn the ships” (queime os navios, em português), a qual é conferida ao explorador e conquistador espanhol General Hernando Cortez, no contexto da conquista dos astecas, que, quando ainda estava no mar e indo aportar na costa marítima do México, percebe que sua tropa estava desmotivada e sem muitas esperanças de encontrar os tesouros naquela terra, então, elabora uma estratégia que faria toda a diferença para alcançar o sucesso na empreitada marítima.
 
Quando seus navios aportaram no México, uma das primeiras ordens deliberadas, após montarem acampamento na praia, foi para que seus homens tacassem fogo nos navios que os conduziram até o México. Metaforicamente, tais navios representavam a certeza e a confiança de que eles poderiam retornar para suas casas em segurança, ou seja, para suas zonas de conforto.
 
Com esta ação objetiva, Hernando Cortez, que estava focado e comprometido em encontrar as riquezas, criou e estabeleceu uma única saída, a de que era preciso estabelecer uma meta, tanto para ele mesmo, quanto para os demais da tripulação, ao retornarem para a Espanha: Focar na missão e fazer tudo o que fosse necessário para cumpri-la.
 
No processo de Coaching, por meio do modelo socrático, costumamos levar o coachee a refletir sobre quais os ganhos ele obteve, por exemplo, por ter procrastinado e ter trocado uma hora de atividade física por um belo filme no sofá, regado a pipoca e bebidas, para seu merecido descanso. Nessa situação, o coachee é levado a colocar numa balança e visualizar os ganhos reais que ele teve ao optar por ficar em casa e, consequentemente, as possíveis perdas para sua saúde em um médio e longo prazo.
 
Nessa linha de raciocínio, as experiências, nos atendimentos, ensinam-nos a refletir como evitar que nos deixemos levar por essa opção rápida e fácil e como evitar que nos afastemos de nossas metas de produtividade para caminharmos em direção à felicidade. Assim, a lição do General Hernando é muito oportuna: Queime os seus navios!
 
Ao evitar as famosas rotas de fuga, não nos resta outra alternativa: Necessitamos, urgentemente, ir para o caminho do autodesenvolvimento pessoal e profissional, utilizando e desenvolvendo, para tanto, o nosso “CHA” – Conhecimento, Habilidades e Atitudes.

Ao desenvolver nossa abordagem “CHA”, principalmente, utilizá-la em nossas atitudes, evitaremos as rotas de fuga – a zona de conforto – e, assim como cita o autor Peter Drucker, no seu best-seller O Gestor Eficaz, iniciaremos nossas ações com a seguinte pergunta:
 
“O que precisa ser feito?”
 
A partir dessa indagação, não nos restam outras escolhas, a não ser a de lutar focado num único objetivo pré-estabelecido, muito bem elaborado, usando a nossa pulsão – a racionalidade humana – ao invés do atacar ou fugir que é comum a todos os demais animais.
 
Ao adotar atitudes que impulsionam energeticamente o ser humano, nos moldes da Iniciativa, Perseverança e Acabativa, os neurotransmissores têm uma importante função em manter nosso cérebro ativo, garantindo o funcionamento perfeito do corpo humano. Dessa forma, nosso organismo libera hormônios da felicidade que são substâncias químicas capazes de gerar sensações como alegria, recompensa e bem-estar, sendo os principais a serotonina, que ajuda a equilibrar o humor e dá um impulso benéfico para a vida sexual, apetite, sono, memória, aprendizagem e temperatura, e a dopamina que participa no ciclo de recompensa, estimulando nosso cérebro a completar tarefas.
 
Portanto, caro leitor, eu lhe pergunto: Após a leitura acima, quando é que você irá “queimar os seus navios e sair da zona de conforto? Agora que você já conhece o modelo socrático, quais são as ações e atitudes que precisam ser feitas e/ou reformuladas, mas você simplesmente ainda está postergando e procrastinando?
 
Afinal, fica o questionamento: Será que você precisa “queimar os seus navios”?

 
 
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