Uma tragédia cuiabana: quem é pior o poder ou a base?
Cuiabá, dama tricentenária, refém de um projeto político que não tem nada a ver com o seu povo. A esperança morreu. A dignidade afogou no Rio Cuiabá e a história envergonhada parou. O narrador vai escrever que nunca na estória (sem h) dessa cidade houve tanto descaso com terra de São Benedito.
Os analistas políticos anunciam que existe um plano para a sucessão no comando da cidade. Continua tudo como dantes no quartel de Abrantes ou troca pela base que constituí o seu extrato fisiológico. No grupo dos 13, quem será o ungido? O que defende o bandido como um direito legal ou aquele que manobra na madrugada ações tenebrosas? Quem seria pior?
Paira no ar uma ameaça eminente. Um grupo politico continua dono de Cuiabá ou muda o endereço para Várzea Grande, que virou moeda política: troca-se Cuiabá por Várzea Grande e pela imortalidade do Tribunal de Contas, principal cemitério político e sonho de aposentadoria vitalícia.
Está tudo certo, mas estão esquecendo de combinar os esquemas com a massa (inerte e silenciosa) que pode atrapalhar apertando o botão da urna eletrônica e mudando os rumos traçados pelos esquematizadores políticos.
Quase cinquenta por cento dos cuiabanos proclamaram saco cheio com a atual administração e manifestaram a intenção em pesquisa de votar contra a sua continuidade. A tal da rejeição. Talvez a solução seja mesmo a mudança de CEP.
Para Cuiabá, o pior dos cenários seria a unção de um dos 13 da base na Câmara como o sucessor escolhido. Está é um promessa que garante algumas fidelidades caninas.
Mais triste ainda para Várzea Grande, disponível para negociação. Suas principais lideranças se calam e aceitam o estupro inevitável. Tudo se resume numa tragicomédia, onde os campos são invadidos pelos pinheiros e a várzea vira terra arrasada.
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