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14/05/2019 às 10:24 | Atualizada: 16/05/2019 às 09:50

Empresas e produtores planejam greve geral conta vampirismo fiscal no MT

A união inédita de empresas comerciais, industriais e de produtores rurais em um dia de paralisação geral em protesto contra o vampirismo fiscal do governo do MT está sendo discutida entre lideranças dos mais diversos segmentos produtivos.

A classe empresarial tem um ponto de convergência no descontentamento com o arrocho fiscal que o governo Mauro Mendes vem promovendo desde a sua posse. Medidas impositivas, como a manutenção do FETHAB II e do FEF, que aumentou em quase 50 reais por tonelada o custo do farelo de soja utilizado na fabricação da ração animal e afetando a cadeia de produção de proteína animal, acirraram os ânimos.

Somado ao aumento da carga tributária, a SEFAZ vem promovendo uma verdadeira caça às bruxas através de seus fiscais, que exercem poderes de polícia, Ministério Público e Judiciário. Investigam, julgam e condenam o contribuinte sem direito ao contraditório.

A primeira manifestação foi convocada para a próxima quarta, 15, pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (APROSOJA/MT), em Cuiabá, contra a taxação do agronegócio. Os organizadores esperam mais de mil empresários do setor participando de passeata pelo Centro Politico Administrativo (CPA), sede do governo estadual.

Está passando da hora de alguém do núcleo do poder soprar no ouvido do governador Mauro Mendes que a economia do estado está indo para o ralo, pois o câmbio está inviabilizando a produção e não adianta matar as galinhas de ovos de ouro. Está na hora de tirar a polícia do comando da SEFAZ e colocar articuladores com condições de dialogar com a classe produtora, que está disposta a contribuir, mas já não está aguentando ser triturado pela máquina de arrecadação, que avança sobre todos os setores sem piedade e sem consciência de que empregos estão morrendo a cada inscrição cancelada, a cada porta que se fecha e a cada empresa que deixa de se instalar no estado por insegurança jurídica. Com certeza, o estado vive o pior momento nas relações entre contribuintes e arrecadadores.
 
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