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11/03/2022 às 14:40

Semana da Mulher? Filmes de mulheres incríveis indicados por mulheres incríveis da Grande Cuiabá

Tem mais que filmes, tem séries também! Obras que retratam a luta das mulheres pelos direitos ao redor do mundo

Paulo Henrique Fanaia

Semana da Mulher? Filmes de mulheres incríveis indicados por mulheres incríveis da Grande Cuiabá

Foto: Persópolis

Nessa terça-feira (8), comemoramos o Dia Internacional da Mulher, data comemorada em mais de 100 países, marcando um dia de protesto pordireitos e de celebração ao feminino. E, claro, oEntretê! não poderia deixar de registrar essa luta.

A ideia sempre foi indicar obras cinematográficas que exaltassem as mulheres e a luta pelos direitos femininos. Confesso que fiquei alguns dias pensando em diversos filmes, mas cheguei a conclusão que eu, um homem de 33 anos, não tenho lugar de fala para indicar essas obras, afinal, embora fantásticos, os filmes não me atingem da mesma forma que atingem as mulheres.

Foi pensando nisso, que convidei amigas, parentes e colegas de trabalho de diferentes idades e classes sociais e pedi que indicassem os filmes que mais representam as mulheres, conforme a perspectiva delas. Portanto, fique agora com uma lista super especial feita por estas mulheres mais do que especiais!

Maid (2021 – 10 episódios – Criado por Molly Smith Metzler)Indicado por Eduarda Fernandes

Esta minissérie original da Netflix, acompanha Alex, uma jovem mãe que consegue um emprego limpando casas para escapar de um relacionamento abusivo. Depois de sofrer diversas violências nas mãos do ex-namorado, ela decide fugir com a filha para qualquer outro lugar na expectativa de construir um futuro melhor para as duas. Além de tudo, Alex ainda precisa lidar com a mãe que sofre de distúrbio bipolar e está desaparecida.

Uma séria linda e com uma interpretação incrível de Margaret Qualley. “Gosto desta série, porque mostra a força da mãe e da mulher para superar as intempéries da vida. A série fala de relacionamento abusivo, alcoolismo e as lutas de uma mãe-solo”, Eduarda.

Disponível na Netflix.



O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada - 2006 – 109 min - Dirigido por David Frankel)Indicado por Débora Siqueira

Andrea é uma jovem que conseguiu um emprego na Runaway Magazine, a mais importante revista de moda de Nova York. Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda Priestly, a principal executiva da revista. Apesar da chance que muitos sonhariam em conseguir, logo Andrea nota que trabalhar com Miranda não é tão simples assim.

Como diria o sábio: “Meryl Streep poderia interpretar o Batman e ela seria o melhor Batman de todos os tempos”. E de acordo com a Débora: “Miranda Priestly é o cão como chefe, é competente, mãe ausente e a vida emocional é frágil. Mas, se Miranda fosse homem, estava bem casado e era capa da Forbes”.

Disponível na Star+.



As Sufragistas (Suffragette - 2015 – 106 min - Dirigido por Sarah Gavron)Indicado por Milena Couto

No início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não possuem o direito de voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos locais à causa. Maud é uma garota sem formação política que descobre o movimento e passa a cooperar com as novas feministas. Ela enfrenta grande pressão da polícia e dos familiares para voltar ao lar e se sujeitar à opressão masculina, mas decide que o combate pela igualdade de direitos merece alguns sacrifícios.

“Com 14 anos eu estava sentada em uma sala de vídeo no colégio onde me preparava para mais um filme entediante que a professora iria apresentar, mas em poucos minutos de filme a minha opinião mudou.

"As Sufragistas" sempre estará entre os meus filmes favoritos, sem dúvidas é um filme essencial para podermos entender sobre a nossa luta, onde a personagem Maud Watts, descobre o movimento feminista e acompanhamos todo caminho para alcançar a igualdade de gênero. Vemos que os assuntos abordados são completamente importantes para serem discutidos, deste a opressão masculina, direito ao voto e todo enfrentamento da polícia. Com um teor histórico enorme, ele também acende uma chama intensa de revolução, respeito e gratidão por todas nós”, Milena Couto.

Disponível na Star+, Globoplay e Now.



Lady Bird: A Hora de Voar (Lady Bird - 2017 – 93 min – Dirigido por Greta Gerwig)Indicado por Marcela Passos

Christine está no último ano do ensino médio e o que mais deseja é ir fazer faculdade longe de Sacramento, Califórnia, ideia firmemente rejeitada pela mãe. Lady Bird, como a garota de forte personalidade exige ser chamada, não se dá por vencida e leva o plano de ir embora adiante mesmo assim. Enquanto a hora não chega, ela se divide entre as obrigações estudantis no colégio católico, o primeiro namoro, típicos rituais de passagem para a vida adulta e inúmeros desentendimentos com a progenitora.

Lady Bird é um filme leve e gostoso de assistir, mas que também aborda alguns temas importantes, como auto-aceitação e saúde mental. O filme acompanha o crescimento de uma adolescente no último ano em uma escola católica e também a evolução do relacionamento conturbado dela com a mãe. É uma comédia dramática que mostra as dificuldades em encontrar nossa própria voz, sem abandonar nossas raízes”, Marcela.

Disponível na Prime Vídeo, Apple TV e Claro Vídeo.



Maravilhosa Sra. Maisel (The Marvelous Mrs. Maisel - 2017 – 4 temporadas - Criado por Amy Sherman-Palladino)Indicado por Marcela Passos

Se formar na faculdade, arranjar um marido, ter duas ou três crianças e um apartamento em Manhattan elegante o bastante para oferecer os melhores jantares de Yom Kippur: Miriam "Midge" Maisel não queria muito mais que isso. Mas a vida apronta para a jovem, e ela precisa depender do que mais consegue fazer bem. E a diferença entre dona-de-casa de elite e comediante stand-up num barzinho de hipsters não é tão assustadora assim.

“Essa série, que tem como roteirista a criadora e produtora executiva de Gilmore Girls, tem ambientação e figurinos impecáveis (dá até uma vontade de adotar todo o guarda-roupas de Midge Maisel!) e diálogos divertidos e rápidos.

Uma série de comédia criada, e majoritariamente dirigida por uma mulher, com diversas personagens femininas fortes e engraçadas, que também aborda os problemas sociais da época, alguns que infelizmente permanecem entre nós”, Marcela.

Disponível na Prime Vídeo.



Persépolis (2007 – 95 min – Dirigido por Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud)Indicado por Giovana Klauk

Marjane Satrapi é uma garota iraniana de 8 anos, que sonha em se tornar uma profetisa para poder salvar o mundo. Querida pelos pais e adorada pela avó, Marjane acompanha os acontecimentos que levam à queda do xá em seu país, juntamente com seu regime brutal. Tem início a nova República Islâmica, que controla como as pessoas devem se vestir e agir. Isto faz com que Marjane seja obrigada a usar véu, o que a incentiva a se tornar uma revolucionária.

“Assisti esse filme recentemente e ele me marcou muito. Além da personagem principal ser uma refugiada e ter que passar por muitos momentos difíceis, mostra muito bem os sentimentos que você tem quando é mulher e está crescendo. Você se apaixona, mas não dá certo, você tem questões com a família e com as pessoas à sua volta. Então é um filme muito bom e é sobre uma mulher muito forte”, Giovana.

Disponível completo no YouTube.



Que Horas Ela Volta? (2015 – 114 min – Dirigido por Anna Muylaert)Indicado por Priscila Mendes

A pernambucana Val se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para a filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa dos patrões. Treze anos depois, quando o menino vai prestar vestibular, Jéssica telefona pedindo ajuda para ir à São Paulo com a intenção de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certos protocolos da casa, a situação se complica.

“Um filme nacional profundo e visceral, pautado no simbólico e nos silêncios, como tão bem o cinema nacional sabe se apresentar. ‘Que Horas Ela Volta?’, faz emergir inúmeras pautas que atravessam o universo da mulher brasileira. Sim, da brasileira, porque - mesmo trazendo dilemas históricos e presentes em outros países - assinala a migração no país e o sotaque (no sentido literal e metafórico) nordestino.

A pernambucana Val, interpretada pela gigante Regina Casé, desempenhando o papel de “quase da família”, enquanto babá de Fabinho, adolescente filho dos patrões que ela cuida desde a infância, não havia abandonado a filha. Val é uma das milhares de pessoas que buscam emprego na cidade grande.

O longa é fundamental para a Semana da Mulher. Porque fala de mulher, mas fala de luta de classes, de desigualdade social e de preconceito como acontecem: no silêncio, no simbólico, “ninguém disse, mas eu sei”. Falar das relações de trabalho tem tudo a ver com o Dia Internacional da Mulher, já que a data nasceu a partir de uma série de protestos por melhores condições de trabalho”, Priscila.

Disponível na Globoplay, Netflix e Telecine.



Meu Amigo Totoro (Tonari no Totoro - 1988 – 86 min – Dirigido por Hayao Miyazaki)Indicado por Denise Soares

Mei é uma jovem que encontra uma pequena passagem em seu quintal, que a leva a um lendário espírito da floresta, conhecido como Totoro. Sua mãe está no hospital e o pai divide o tempo entre dar aulas na faculdade e cuidar de mulher doente. Quando Mei tenta visitar a mãe por conta própria, se perde na floresta e só o grande e fofo Totoro pode ajudá-la a achar o caminho de volta para casa.

“A presença feminina nos filmes do Studio Ghibli é algo que merece ser assistido e apreciado com calma no sofá com uma pipoquinha e um refrigerante bem gelado. Minha dica de lista de filmes com personagens femininos é: ‘Viagem de Chihiro’, ‘O Serviço de Entregas da Kiki', ‘Castelo Animado’ e, sem dúvidas o meu preferido: ‘Meu Amigo Totoro’.

As produções retratam a autoconfiança, coragem e autoconhecimento das personagens. Elas fogem daquele padrão romântico e tramas no estilo Hollywood. Estão ali mostrando a importância das histórias delas. Os filmes divertem, emocionam e dão um calorzinho no coração. Vale a pena assistir!”, Denise.

Os quatro filmes indicados pela Denise estão disponíveis na Netflix.

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