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Notícias / Música

13/05/2020 às 11:20

Mulheres de Mato Grosso somam forças para circuito musical online

Com o 'Volume', a Oyá Produções quer consolidar um projeto sustentável a longo prazo durante a pandemia

Maria Clara Cabral

Mulheres de Mato Grosso somam forças para circuito musical online

Foto: Entretê

“O lugar de fala elas já têm, a gente só vai aumentar o Volume”. Este é o lema do novo projeto da Oyá Produções, capitaneado pelas produtoras Monize Lorrana e Laísa Batista, que uniu mulheres da música e diversas linguagens, como o audiovisual, para realizar um circuito de lives com artistas de Mato Grosso.

A primeira experiência foi ao ar no último domingo (10), com show de Karola Nunes pelo Youtube do Cuiabá Music, parceiro do projeto, e no Instagram da Oyá Produções. A produção se destacou pela qualidade de som e cenário. É que a ideia é profissionalizar o uso da tecnologia streaming, consolidando um projeto com sustentabilidade a longo prazo, como alternativa de produção musical em contexto de pandemia.


As próximas lives, que acontecem nas mesmas plataformas, já tem data marcada. Nos dias 21 e 28 de maio (quintas-feiras) se apresentam Pacha Ana e Mariana Borealis, respectivamente, ambas às 20 horas.
Estela Ceregatti, Mônica Campos, Deise Águena, Juliana Grisólia e Luciana Bonfim são algumas das cantautoras que também já fecharam com o projeto Volume. As bailarinas Jaqueline Roque e Ivy Costa somam intervenções de dança cigana e africana. Compõem a equipe técnica a cineasta Juliana Segóvia e a designer Natalia Andrade.

“A intenção é que, com a lives, a gente disponibilize gravações em vídeo, áudio e fotos, presenteando as artistas com um novo material para divulgação de seus trabalhos. No final de tudo, a perspectiva também é lançar uma coletânea autoral de músicas, criadas antes e durante a pandemia”, revela a produtora executiva Monize Lorrana.



Cena sustentável

Com cachê base para cada apresentação e perspectiva de renda mínima semanal para a produção do projeto, a Oyá Produções busca uma rede de patrocínios, doações e empresas parceiras, proporcionando atrações sempre gratuitas ao público.
A cervejaria Budweiser é a principal empresa apoiadora do projeto.

“Como estamos em pandemia, nem todo mundo pode contribuir com dinheiro, mas com produtos. Então ao invés de cobrar couvert colaborativo, vamos incentivar as pessoas a comprarem dos nossos parceiros para que esse dinheiro seja revertido como renda para as artistas. A ideia é que o projeto continue até o fim da pandemia”, explica Monize.

Sorteios também serão realizados durante as lives e nas redes sociais para atrair seguidores às artistas e aos patrocinadores do projeto. “A gente está usando toda a nossa tecnologia e representatividade para que todos tenham um retorno legal com o trabalho”, complementa.

Na foto, a produtora Monize Lorrana e a realizadora audiovisual Juliana Segóvia
Na foto, a produtora Monize Lorrana e a realizadora audiovisual Juliana Segóvia.

Qualquer pessoa pode contribuir com valores em dinheiro, através de depósito/transferência em conta corrente. Quem quiser contribuir com cestas básicas e alimentos também pode entrar em contato com a Oyá Produções ou deixar no bar Cão Latino. “O que for além do que a gente precisa, vamos destinar para a equipe do Doar Amor MT, projeto social que alimenta pessoas em situação de rua, principalmente no Beco do Caandeiro”, afirma Monize.

Oyá produções

Com um ano de existência, a Oyá Produções tem dois eventos consagrados em Cuiabá. O ‘Baião de Três’, com Karola Nunes, Borealis e Juliana Grisólia cantando o Nordeste sob perspectiva feminina; e o ‘Samba ao Pôr do Sol’, que vinha reunindo sambistas nos fins de tarde de domingo, uma vez ao mês.

“Como nosso samba é comandado por mulheres e nosso público também é 90% feminino, fizemos o samba das 16h às 22h para que as mulheres pudessem ir para o samba com seus filhos, pois percebemos que muitas deixavam de ir a eventos para cuidar de filhos, mães ou avos”, conta Monize.

O entretenimento não é o único foco da Oyá quando se trata de mulheres e inclusão. “Além de enaltecer as mulheres do samba que por muito tempo foram excluídas, a gente organiza campanhas contra violência doméstica, abuso, empoderamento, lugar de fala e acessibilidade. O nosso samba tem crescido muito no número de pessoas com deficiência, pela estrutura que oferecemos para recebe-las”, explica.



Ingressos solidários (valores mais acessíveis mais doações) também contribuem para um público diversificado em classes sociais, estilos e idades em eventos que chegam a receber 400 pessoas.

Além da pegada humana, o Oyá também é ambientalmente sustentável. “Não usamos copos plásticos nem canudo. Todas as latinhas que sobram dos eventos são vendidas e o dinheiro revertido para instituições”, destaca a empreendedora.

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