O Coletivo Negro Audiovisual Quariterê abriu novas inscrições para a Mostra de Cinema Negro de MT, que chega a sua 5ª edição inteiramente online em 2020. Podem inscrever seus filmes produtores e/ou realizadores negros de todo o Brasil até 30 de julho através de umformulário online.
Serão aceitos curtas, médias e longas de todos os gêneros (ficção, documentário, animação, experimental e videoclipe), lançados entre 2017 e 2020, sem limite de tempo. A Comissão Organizadora divulgará o resultado da seleção dos filmes a partir do dia 20 de agosto, nas páginas do Coletivo Quariterê no Facebook e no Instagram.
A 5ª Mostra de Cinema Negro de MT será realizada no período de 06 a 13 de setembro, através do site oficial, com o tema ‘Sobre(vivência)’. A programação prevê, além da exibição dos filmes, que serão armazenados em links não-listados no YouTube e indexados na plataforma, lives com convidados e júri.
A temática deste ano foi escolhida para falar da resiliência do povo negro “dentro de um sistema que cada vez mais coloca a negritude e a arte como inimigos”, anuncia o Coletivo Quariterê.
“O cinema negro no Brasil tem, desde seu nascimento, a força motriz do antiepistemicídio, do antirracismo e da construção de novas potências de viver. Sobrevivemos sabendo que nossos corpos e ideias são os alvos, buscando na ancestralidade os exemplos para (re)construir nossas histórias e (sobre) viver às dificuldades”.
A 5ª Mostra de Cinema Negro de MT tem apoio da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), através da Pró Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev),Cineclube Coxiponés, Iaiá produções e projetos, Moiré Filmes, Cafofo produções, Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) e Rede Cineclubista de Mato Grosso (REC).Confira oregulamento completo.
Mostra de Cinema Negro de MT
A Mostra de Cinema Negro de Mato Grosso já acontece há cinco anos, como resposta aos anseios de produtores afrodescendentes do estado, dando visibilidade à produção audiovisual negra regional e nacional. Única mostra estadual do gênero, a iniciativa vem ainda dialogar sobre necessidades e estratégias de sobrevivência fora do eixo.
“O cinema, enquanto agente transformador de vidas, precisa ter uma parcela de representação nas vidas dessa população. Uma vez que a produção mais voltada para o mercado acaba por repercutir, historicamente, uma imagem estereotipada da negritude e pouco diversa de grande parte da população, é importante criar janelas para o contraponto”.
O Coletivo Quariterê é responsável pela mostra desde sua segunda edição, que teve como convidadas especiais, em 2018, Joyce Prado (APAN) e Adélia Sampaio, primeira negra a dirigir um longa-metragem no Brasil. Em 2019, homenageou o professor, militante, antropólogo e cineasta Dr. Celso Luiz Prudente.
Conforme o coletivo, de 2017 a 2019, foram exibidas 69 obras audiovisuais selecionadas na soma dessas edições, que receberam mais de 300 obras oriundas de todo o Brasil, com um público espectador de aproximadamente mil pessoas.
O Coletivo Negro Audiovisual Quariterêrealiza mensalmente a Sessão Afrocine, em parceria com o Cineclube Coxiponés da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), além de sessões em escolas públicas de Cuiabá, comunidades quilombolas e cidades do interior do estado. Em tempos de quarentena lançaram o canal QuariTV no YouTube e IGTV, com entrevistas de personalidades negras sobre arte, saúde mental e isolamento social.
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