Discos de estreia muitas vezes não saem como o planejado, mas quando a banda acerta a mão eles podem significar o começo de uma longa e prolífica trajetória — ou, às vezes, até mesmo o ponto alto de uma carreira. Artistas que tiveram apenas um disco de estúdio lançado oficialmente, conseguiram eternizar suas obras.
O site TenhoMais Discos Que Amigos revisitou 25 álbuns que serviram como base para todo o sucesso, tornando-se marcos.
Confira!
João Gilberto – Chega de Saudade (1959) Talvez o disco mais essencial da bossa nova, Chega de Saudade lançou o inesquecível João Gilberto e trouxe algumas das canções mais especiais da história da música — novamente, não só do Brasil mas de todo o mundo — como a faixa-título e a icônica “Desafinado”. Vale lembrar que o disco é um dos poucos brasileiros a entrar no Hall da Fama do Grammy.
Os Mutantes – Os Mutantes (1968)
Em 1983, não havia nada que soasse remotamente parecido ao que o Metallica fez em seu disco de estreia. Esse clássico já começa mostrando a que veio com “Hit the Lights”, canção que junto a outros hinos como “The Four Horsemen” e “Whiplash” viria a sacramentar a influência da maior banda de Metal de todos os tempos.
Led Zeppelin – Led Zeppelin (1969) Poucas bandas deixaram sua marca na história de forma mais clara do que o Led Zeppelin e o disco de estreia está entre os mais aclamados. A abertura com “Good Times Bad Times” já é o cartão de visitas perfeito e apresenta, assim, um dos maiores hinários do Rock.
Black Sabbath – Black Sabbath (1970) O ideal aqui seria falar da dupla de álbuns lançada pelo Black Sabbath em 1970 para incluir o incrível Paranoid, mas mesmo mantendo a proposta de discos de estreia é impossível deixar de fora o homônimo. “N.I.B”, “Evil Woman” e, claro, “Black Sabbath” são hinos inesquecíveis e a influência desse trabalho é totalmente imensurável.
Clube da Esquina – Clube da Esquina (1972) Com nomes como Milton Nascimento, Lô Borges e Beto Guedes, rever o disco homônimo do Clube de Esquina nunca é demais. Essa é — e sempre será — uma das obras mais espetaculares não só da história da música brasileira, como de toda a música mundial.
Secos & Molhados – Secos & Molhados (1973)
A influência do Secos & Molhados é muito respeitada até hoje, mas ainda assim é quase injusta a falta de reconhecimento do grupo que nos revelou Ney Matogrosso com canções como “Sangue Latino” e “Rosa de Hiroshima”. A união de elementos do Rock e do Psicodélico que dominavam as paradas internacionais com a MPB e a música tradicional portuguesa juntamente às críticas de tom político em plena Ditadura Militar transformam o disco de estreia da banda em um dos mais especiais da história.
Van Halen – Van Halen (1978)
Bem antes do Guns N’ Roses chocar o mundo (ou até mesmo do Metallica), o Van Halen lançou sua estreia e mostrou uma sonoridade que era definitivamente além do que os Anos 70 tinham oferecido até então. “Runnin’ with the Devil”, “Eruption”, “You Really Got Me” e “Ain’t Talkin’ ‘Bout Love” é a sequência que abre o disco e que certamente marcou a vida de muita gente, sem contar outros clássicos como “Jamie’s Cryin'” e “Ice Cream Man” que seguem aclamados até hoje.
Beastie Boys – Licensed to Ill (1986)
Antes do rap e o rock coexistirem dando origem a novos gêneros musicais, os Beastie Boys fizeram esse crossover acontecer no icônico Licensed to Ill. Contribuições de canções como “No Sleep Till Brooklyn” seguem ecoando até hoje.
Guns N’ Roses – Appetite for Destruction (1987) Hits gigantescos que sobrevivem até hoje, “Sweet Child O’ Mine”, “Welcome to the Jungle” e tantos outros pegaram o mundo de surpresa em 1987.
Nine Inch Nails – Pretty Hate Machine (1989)
A produção única de Nas em Illmatic, seu disco de estreia, somada às letras também do rapper em canções como “N.Y. State of Mind” e “The World Is Yours” inspiraram toda uma nova cena do Rap, em especial dentro de Nova York.
Pearl Jam – Ten (1991)
O Pear Jam pode não ter inventado o grunge, mas Ten certamente foi um marco para o gênero e sobrevive como um manual de como fazê-lo da melhor forma possível. O álbum representa bem o sucesso do gênero, e também expande sonoridades do movimento em canções como “Even Flow”, “Alive”, “Black” e “Jeremy”, todas consideradas clássicas até hoje.
Rage Against the Machine – Rage Against the Machine (1992)
A influência dos Beastie Boys que citamos acima — e de outros grupos, como o Anthrax — culminou quando o Rage Against the Machine jogou ao mundo a sua estreia em 1992. “Killing in the Name” é o grande sucesso do disco e um exemplo do que o crossover entre o Rap e o Heavy Metal poderia ser. Outros clássicos como “Bombtrack”, “Bullet in the Head” e “Know Your Enemy” também ajudam a transformar o álbum em um diamante de valor inestimável.
Wu-Tang Clan – Enter the Wu-Tang (36 Chambers) (1993)
Enter the Wu-Tang (36 Chambers) nasceu no underground, transmitindo a energia crua do Hip Hop Hardcore dos Anos 90 e chegando ao mainstream. O disco ganhou status de lendário quase que imediatamente, abrindo caminho para os rappers da Costa Leste dos EUA. Nomes como The Notorious B.I.G., Jay-Z e o Nas devem muito ao Wu-Tang e em especial a esse disco e seus sucessos, como a inesquecível “C.R.E.A.M.”.
Chico Science & Nação Zumbi – Da Lama ao Caos (1994)
Da Lama ao Caos é uma revolução da música brasileira e até hoje, mais de 15 anos depois do disco de estreia de Chico Science & Nação Zumbi, é difícil encontrar alguém que faça um som como foi feito neste e no sucessor Afrociberdelia. Felizmente, ainda podemos deixar canções incríveis como “Samba Makossa” e “A Praieira” no repeat para relembrar o saudoso Chico.
Nas – Illmatic (1994)
Se Chega de Saudade é a obra essencial da bossa nova, Os Mutantes é a obra essencial da Tropicália. O novo movimento brasileiro que conquistou o mundo é representado com no disco de estreia da banda de mesmo nome, que viria a se estabelecer como lendária. Sem contar todas as revoluções tecnológicas de timbres e afins.
Jeff Buckley – Grace (1994) Considerado um dos vocalistas mais geniais de todos os tempos, Jeff Buckley só pôde nos dar um disco — o incrível Grace, de 1994 — antes de sua morte por um afogamento acidental, sem estar sob efeito de drogas. O legado ficou e muitos lançamentos póstumos foram feitos, mas basta ouvir a clássica “Last Goodbye” ou a imortal versão para “Hallelujah” para saber que ele teria muito mais a entregar.
Sleater-Kinney – Sleater-Kinney (1995)
Clássico do Punk e fundamental dentro do movimento Riot Grrrl, o disco de estreia do é imortalizado como uma obra que transita entre canções como “Don’t Think You Wanna”, uma pancada direta, e “The Last Song”, que mostra mais influências de nomes como Sonic Youth. Dali pra frente, a banda foi conquistando cada vez mais sua identidade e se tornou ícone na cena.
Daft Punk – Homework (1997)
Se o Kraftwerk foi responsável pela primeira onda revolucionária da música eletrônica, não há dúvidas de que o Daft Punk é o nome que leva a segunda onda nas costas. E tudo isso começou com Homework, onde a repetição dos grooves e a sonoridade próxima à de festas e bailes foi traduzida perfeitamente para um álbum. Até hoje, canções como “Around the World”, “Da Funk” e “Phoenix” sobrevivem como verdadeiros clássicos e os robôs seguem colecionando sucessos com a fórmula orgânica-eletrônica desvendada no trabalho.
Lauryn Hill – The Miseducation of Lauryn Hill (1998) Desiludida com os problemas que levaram ao fim do The Fugees, Lauryn Hill deu a sua maior amostra de genialidade em seu único disco de estúdio The Miseducation of Lauryn Hill. Pioneira do Neo Soul, a cantora entregou em canções como “Doo Wop (That Thing)”, “Lost Ones” e “To Zion”, esta última parceria com Carlos Santana, uma sonoridade completamente nova — em especial se capitaneada por uma mulher.
Kanye West – The College Dropout (2004)
À época já conhecido como produtor, Kanye West finalmente pôde se soltar e fazer exatamente o que queria quando lançou sua carreira solo com The College Dropout. O resultado foi a criação de um novo estilo totalmente único, que até hoje influencia produtores e rappers pelo mundo todo. Mais do que isso, The College Dropout estabeleceu Kanye como um artista na linha de frente e não mais fechado no estúdio graças ao sucesso de faixas como “All Falls Down”.
The Killers – Hot Fuss (2004)
É impressionante a quantia de hits que o The Killers conseguiu produzir em sua estreia: “Mr. Brightside”, “Somebody Told Me” e “Smile Like You Mean It” ainda estão entre seus maiores sucessos e abriram caminho para toda uma geração de bandas com uma pegada mais radiofônica sem deixar de lado o Rock alternativo/Indie.
Panic! At the Disco – A Fever You Can’t Sweat Out (2005)
Pretty Hate Machine foi uma revolução e um atestado à genialidade de Trent Reznor, que viria a criar muito mais com o Nine Inch Nails e em carreira solo nos anos subsequentes. O disco traz canções como “Head Like a Hole” que foram parte da base para a construção de todo o gênero que veio a ser conhecido como Industrial.
Lady Gaga – The Fame (2008)
Se o assunto é hit, poucas pessoas conseguiram começar melhor do que Lady Gaga com o icônico The Fame. Sucessos como “Just Dance”, “Paparazzi” e “Poker Face” foram os primeiros passos do que viria a ser uma das carreiras mais interessantes do Pop e serviram de trilha sonora para inúmeras festas do final dos Anos 2000 e início dos 2010.
Arctic Monkeys – Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not (2006) Com o álbum, Arctic Monkeys trouxe o que se tornou praticamente uma nova vertente do Indie, mais crua, dançante e próxima do punk graças a sons como “I Bet You Look Good on the Dancefloor” e “Dancing Shoes”.
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