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02/03/2021 às 09:20

Conheça seis mestres da cultura de Mato Grosso que são inspiração para 2021

Leiagora

O ano de 2021 começou com muita movimentação no cenário cultural de Mato Grosso, com diversas produções que elencam em especial, a história de vida de pessoas que foram consideradas mestres da cultura, a partir de uma seleção realizada pelo Edital Conexão Mestres da Cultura  - Marilia Beatriz Figueiredo/ Lei Aldir Blanc da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso. Foram cerca de 75 personalidades contempladas considerando seu conhecimento e trabalhos de destaque nas diversas linguagens artísticas, que possuam ampla experiência e capacidade de transmitir estes conhecimentos e as técnicas necessárias para a produção, difusão e preservação da expressão cultural na qual atua, e que sejam reconhecidos pela sua contribuição à Cultura de Mato Grosso. Separamos um grupo de mestres que podem te inspirar em 2021.

Clóvis Mattos 

O papai Noel Pantaneiro é uma das personalidades mais atuantes na democratização do livro e da leitura no estado de Mato Grosso. A luta de Clóvis é fazer chegar a todas as pessoas a possibilidade de ler pelo menos uma obra literária na sua vida. Para isso não mede esforços e reúne ao seu redor, colaboradores, no objetivo de 'espalhar livros pelo estado de Mato Grosso'. E como ele faz isso? com recursos próprios, nas horas vagas, com seu veículo, na sua casa, com apoiadores (financeiros ou não). Clóvis já teve a tristeza de ver a casa onde guardava seus livros em chamas, depois de um acidente com a fiação elétrica. Mas como um bom mestre, se reergueu e continuou sua missão.

Justina Ferreira  

"Uma das histórias de vida mais incríveis". Assim tem se narrado a trajetória da Mestre Justina, moradora do Quilombo Mutuca em Mata Cavalo - Nossa Senhora do Livramento - MT. Conhecida pelas habilidades de manutenção da Cultura alimentar de sua localidade, Justina é detentora da habilidade de agregar pessoas e solidariedade. É uma líder orgânica que transpira poesia no seu modo de viver. Em suas próprias palavras, deixa um recado para as pessoas, em especial os mais novos: " Eu não aprendi a ler; mas eu aprendi a sabedoria; o amor; a roupa não é nada; o que importa é o que temos dentro de nós".

Naine Terena 

Naine Terena de Jesus,  indígena do Povo Terena já figura outras listas, como a lançada pela buzzfeed em 2020. De acordo com seus seguidores, a força de sua maestria está na possibilidade de promover conexões e reconexões e no esforço em escrever novas histórias, tirando da invisibilidade grupos até agora considerados periféricos como indígenas e mulheres. Sua atuação baseia-se no compartilhamento dos conhecimentos e na manutenção das memórias ancestrais, assim como também na luta pela geração de renda, sustentabilidade e superação de traumas e processos que adoecem a sociedade. A arte para ela, é um dos caminhos para isso, além da atuação nas ciências e ocupação de espaços em diversas camadas sociais.  

Cacica Carolina  Rewaptu 

A história de Carolina é de resistência a tentativa de extermínio dos Xavante da terra Marãiwatsédé em Mato Grosso. Foram 46 anos de luta para a retomada desta área. Carolina que era uma criança quando seu povo foi retirado desta área, cresceu,  aprendeu português, tornou-se professora e hoje é cacique em Marãiwatsédé . Desde a retomada de Marãiwatsédé, se dedica a replantar o local, cultivando a cultura alimentar Xavante.  

Vital Siqueira 

Um expoente das artes cênicas de Mato Grosso. Vital tem uma trajetória que se iguala a própria história desse fazer artístico no estado, já que soma mais de 30 anos de profissão. Personagens como Comadre Pitú povoam o imaginário de gerações e agrega nele um típico linguajar das artes da baixada cuiabana. Vital, transfigura a comicidade misturada com a alegria típica de nosso povo, num misto de criticidade à sociedade em que vivemos.  

Pedro Boaventura e Deijanil Nascimento - do Grupo Patuchá Cururu e Siriri 

Quando anunciados como mestres em uma página na rede social facebook, choveram lembranças de pessoas que se fizeram presentes na trajetória deste casal, que movimentou a cultura popular de Chapada dos Guimarães a partir do cururu e siriri. Considerada uma grande família o Patuchá, promoveu a interação entre os moradores da cidade turística com sua própria história/cultura, resguardando o aspecto afetivo e humano de seus moradores. Um exemplo de como a cultura pode movimentar memórias ao mesmo tempo em que fomenta trocas criativas entre jovens e adultos.  

Gostou? voce pode conhecer mais sobre a trajetória de cada um deles na página e saber mais sobre os produtos que estão sendo criados para contar essas histórias com detalhes.
 
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