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30/03/2021 às 11:28 | Atualizada: 30/03/2021 às 17:16

Argentino de Cuiabá, Chico Parrillero vence o Prêmio Dólmã por Mato Grosso

Maria Clara Cabral

Francisco Coria, argentino que vive em Cuiabá há dez anos, mais conhecido como o Chico Parrillero, é o vencedor do Prêmio Dólmã por Mato Grosso. A premiação é considerada o "Oscar da gastronomia brasileira" e, desde 2013, busca o reconhecimento e a valorização de profissionais do setor.

O prêmio é referente à atuação dos chefs em 2019 e 2020, e seria entregue no mês de março do ano passado. No entanto, devido à pandemia, foi adiado e, enfim, realizado no último domingo (28). Na competição, cada estado é representado por três chefs indicados por embaixadores, chefs já premiados pelo Dólmã. Posteriormente, são votados por internautas, comissão organizadora e os outros chefs.

Também participaram desta edição os chefs Waldemar Untar e Thiago Suiço. Mato-grossenses como Araini Maluf, proprietária do Mahalo Cozinha Criativa, também já foram vencedores do Prêmio Dólmã.


Chico Parrillero foi indicado pela chef Jeane Souza, de Cuiabá, embaixadora da gastronomia mato-grossense desde 2018 e sua professora no curso de gastronomia do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), pelo qual é formado. O argentino também é graduado em administração de empresas e pós-graduado em cozinha autoral, gestão empresarial e marketing de negócios.  


O chef inaugurou seu primeiro restaurante de parrilla arigentina na capital em 2015. Desde então, foram cursos ministrados pelo Brasil e participações em grandes eventos de churrasco, como o Festival Braseiro, sendo reconhecido pelo estado que escolheu para viver e incorporou no modo de cozinhar e comer.

"Meu objetivo na gastronomia sempre foi diminuir a distância cultural entre países. Acredito que através da gastronomia, podemos compartilhar conhecimentos, experiências, historias e, fundamentalmente, comida. E assim você começa a criar a 'cozinha fusão'", explica Chico.


Assim, o Parrillero compõe pratos que mesclam a gastronomia brasileira e mato-grossense com especiarias de sua terra natal.


“Fui criando diferentes pratos, o queijo da Serra da Canastra com doce de leite argentino. Peras ao vinho Malbec com queijo manteiga ou queijo coalho brasileiro. Na parte da proteína, os peixes muito típicos de Mato Grosso e Cuiabá, como o Pacu, feito na parrilla, que é um instrumento argentino, com temperos argentinos e um toque de chimichurri. Diferentes estilos de farofa, como a farofa de castanha e a farofa com cachaça dentro da banana”, exemplifica.

A ideia de Chico Parrillero é fazer uma "releitura" de pratos a partir de uma proposta mais vanguardista, "de um mundo onde se quebra limites", como define. "Não é aquela cozinha clássica", destaca o chef. Para ele, o prêmio é uma oportunidade de mostrar suas intenções.

"Receber o prêmio foi uma honra gigantesca. Muita gratidão a Deus, minha família e todas as pessoas que acreditam e apoiam meu trabalho. É uma sensação de muita felicidade poder compartilhar aquilo que você sabe fazer para representar o estado de Mato Grosso na gastronomia brasileira. E por que não para fora do país?".

Atualmente, Chico Parrilero se dedica a ministrar cursos. Até que os eventos presenciais possam ser realizados, o chef atua através da plataforma digital https://chicoparrillero.com.br/viver-de-churrasco-para-eventos/.

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