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11/05/2021 às 10:31 | Atualizada: 11/05/2021 às 10:52

Casal de MT cria e vende produtos cosméticos veganos

Túlio Paniago

Sabonetes, shampoos e condicionadores em barra são produzidos e comercializados por Bruna Uriarte e Eduardo Ventura, que, em julho de 2020, criaram a Afeto Lab, uma marca de cosméticos veganos sólidos. Tudo começou porque o casal buscava manter uma rotina de autocuidado causando menos impacto social e ambiental, porém as opções eram escassas em Mato Grosso.

“A maior parte dos produtos com estas características encontrados aqui são de grandes empresas, que, na maioria das vezes, praticam ‘greenwashing’, ou seja, usam estratégias de marketing enganosas para venderem uma imagem sustentável”, explica Bruna, que é estudante de direito.

Então, diante desta constatação, trocaram o comprar pelo fazer e descobriram um universo de produtos que não poluem, não fazem mal à saúde e geram menos resíduos, o que naturalmente atenua os danos causados por uma cadeia produtiva baseada na exploração de pessoas e recursos.

Obviamente, por serem criados artesanalmente, os produtos não possuem os mesmos valores/preços de cosméticos produzidos em escala industrial. Além do mais, são desenvolvidos a partir de ingredientes naturais nobres e apresentam alta performance.

“Claro que não são tão baratos quanto os convencionais, mas é importante ressaltar que eles têm efeitos que outros dermocosméticos não têm. Também não agridem a pele e são biodegradáveis”, reforça”, destaca Eduardo, que é estudante de publicidade e propaganda.

A matéria-prima concentrada garante bastante espuma e deixa o cabelo saudável e em sua condição natural. “Eles apresentam PH próximo ao do nosso couro cabeludo, então a barra mantém o estado de limpeza, leveza e equilíbrio por mais tempo”, reforça Eduardo.

Outra característica importante dos cosméticos veganos sólidos é a longevidade. Uma barra de 75 gramas de shampoo, por exemplo, pode durar de um a dois meses. Já o condicionador pode chegar a quatro meses. Um dos principais fatores, neste sentido, é a receita e a proporção dos ingredientes.

“No mercado, quando a gente lê rótulos de shampoos e sabonetes líquidos, percebemos que a maior parte do conteúdo se resume a água, basicamente. Para se ter algum efeito é preciso usar bastante e isso não vai fazer bem para o cabelo ou para a saúde”, comenta o estudante.

Portanto, para desmitificar a ideia de que o veganismo é inacessível, o casal aposta em informação, opções não elitizadas, soluções fáceis, acessíveis e com resultado melhor que o observado em itens industrializados.

Inclusive, além dos itens produzidos de forma artesanal, eles também comercializam escovas de dente de bambu, canudos reutilizáveis, fio dental biodegradável, absorventes de pano reutilizáveis, coletores menstruais, calcinhas absorventes, ecopads de crochê e argilas para cuidados com a pele, dentre outros itens.

O espaço virtual, além de divulgar e comercializar os produtos, também procura ampliar o alcance deste debate. Por isso, de forma descontraída, alimenta o público com receitas, dicas de bem-estar e saúde e uma série de informações sobre este estilo de vida.

Por fim, Bruna destaca a alquimia envolvida neste processo de criação que envolve valores da vida do casal. “Quando fazemos algo e separamos tempo para produzir, nossa relação é mais profunda. Transformar uma coisa em outra é fonte de conhecimento e autonomia. Dedica-se tempo, cuidado e carinho”, conclui.
  
O projeto Afeto Lab foi um dos selecionados no Edital MT Criativo, realizado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) com recursos da Lei Aldir Blanc. E os interessados podem entrar em contato por meio da página do Instagram @afetolab ou pelo Whatsapp: (65) 99246 1822.

 
Com informarções da Assessoria
 
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