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17/05/2021 às 15:33 | Atualizada: 17/05/2021 às 16:17

Cinema de MT tem programação especial em dia de luta contra LGBTfobia

Túlio Paniago

Em homenagem ao Dia Internacional de Luta Contra LGBTfobia, celebrado nesta segunda-feira (17), a programação do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá (Cinemato) e da Sessão Vitrine Online apresentam obras que colocam em cena personagens e/ou questões LGBTQIA+.

O Dia Internacional Contra a LGBTfobia faz referência a 17 de maio de 1990, data em que a homossexualidade deixou de ser considerada uma patologia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

VITRINE

A Sessão Vitrine Online disponibiliza o longa Doce Amianto (2013), de Guto Parente e Uirá dos Reis. A produção permanece disponível até às 12h de terça (18). Para assistir, basta acessar este link e inserir a seguinte senha: amianto_90823.

Amianto é o nome da personagem principal, cujo universo interior choca-se com a realidade de um mundo que não a aceita, um mundo ao qual ela não pertence. Neste contexto, ela se debruça sobre delírios jocosos, misturando realidade e fantasia. Após se sentir abandonada por seu amor, Amianto recolhe forças para continuar existindo na esperança de ser feliz algum dia.

CINEMATO

Na noite desta segunda, o Cinemato inicia a Mostra Resistência, com curadoria de André Fischer, diretor do Festival Mix Brasil. Serão exibidos três filmes com recorte para o Protagonismo LGBTQIA+. Nos dias subsequentes, entram em cartaz filmes da seleção “Protagonismo negro” (18); “Protagonismo feminino” (19); e “Protagonismo Ambiental” (20). Estas categorias, juntas, compõem a Mostra Resistência.

A partir das 18h desta segunda, estarão disponibilizados 
no canal do YouTube do Cinemato os seguintes títulos: “O que pode um corpo?” (2020), de Victor Di Marco e  Márcio Picoli; “Letícia, Monte Bonito, 04” (2020), de Julia Regis; e “Limiar” (2020), de Coraci Ruiz. As duas primeiras produções são do Rio Grande do Sul e a terceira é de São Paulo.
 
A sinopse do curta “O que pode um corpo?” diz que “um bebê nasce, mas não chora. Um corpo grita e não é ouvido. As tintas que escorrem em um futuro prometido, não chegam em uma pessoa com deficiência. Victor faz de si a própria tela em um universo de pintores ausentes”.
 

Já o curta ficcional “Letícia, Monte Bonito, 04” se passa no interior do Rio Grande do Sul, onde Lais conhece a intensa Letícia, com quem passa uma tarde letárgica de verão. 
 
“Limiar”, por sua vez, é um documentário autobiográfico realizado por uma mãe que acompanha a transição de gênero de seu filho adolescente. Entre 2016 e 2019 ela o entrevista abordando os conflitos, certezas e incertezas que o perpassam numa busca profunda por sua identidade.

Ao mesmo tempo a mãe, revelada por meio de uma narração em primeira pessoa e por sua voz que conversa com o filho por detrás da câmera, passa ela também por um processo de transformação que a obriga a romper velhos paradigmas, enfrentar medos e desmantelar preconceitos.

Por fim, na mostra não competitiva com obras que foram recentemente produzidas com recursos Lei Aldir Blanc, será disponibilizado o curta “Antes do Mundo Acabar”, roteirizado e dirigido por Lucas Lemos.

O filme conta a história de Pedro, um adolescente periférico, que vive com a HIV, gordo e fã de Rita Von Hunty, e que sonha em ter um canal no YouTube nos moldes de Tempero Drag para discutir questões sociais, gênero e LGTQI+, contudo esbarra na limitação financeira para filmar e produzir.

Ele conta com a ajuda de um casal: o maquiador Geovane e o músico Ricardo, ambos de classe média, para ajudá-lo na realização do sonho. No decorrer desse processo de criação, começa a surgir um clima de muita parceria entre os três e uma possível paixão entre o casal e o amigo, que é atravessada pelos vírus e inseguranças comuns aos adolescentes.
 
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