23/11/2021 às 10:21 | Atualizada: 23/11/2021 às 10:46
17ª Mostra Internacional do Cinema Negro tem filmes selecionados pela UFMT
Entretê
Com as produções “Como Ser Racista em 10 passos”, “Giramundá: o Congo e a diáspora”, “Lacuna” e a “Cor do voto”, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) marca presença na 17ª Mostra Internacional do Cinema Negro (MICINE), que ocorre até o dia 30 de novembro, na plataforma de streaming do Cine Belas Artes de São Paulo - A La carte.
O curador da mostra é o professor associado da UFMT e cineasta Celso Luiz Prudente. Ele explicou que a MICINE é um evento étnico-cinematográfico, que busca a inclusão dos brasileiros afrodescendentes, como maioria minorizada. Nesta edição, a mostra traz o tema “Pela Superação da Tentativa Eurocêntrica de Folclorização da Africanidade: a Dimensão Pedagógica do Cinema Negro Posta em Questão”.
“Aponto o cinema negro como a filmografia de todas as minorias vulneráveis, que buscam na emergente categoria conceitual de dimensão pedagógica do cinema negro a construção da imagem de afirmação positiva. Uma espécie de lugar de imagem, com a mesma lógica de lugar de fala“, explica professor Celso Luiz Prudente sobre a hegemonia da imagem do homem branco europeu heterossexual.
Seleção das obras da UFMT
Os responsáveis pela seleção das produções representantes de Mato Grosso foram o Coletivo Audiovisual Negro - Quariterê e o supervisor do Cineclube Coxiponés da UFMT, o professor Carlos Eduardo Amaral.
“A seleção foi feita em conjunto com o Coletivo Quariterê, levando em consideração os filmes que trouxessem a temática negra de maneira crítica e criativa. Além disso, as produções foram escolhidas tendo em vista a representatividade do cinema negro mato-grossense”, destaca o supervisor do Cineclube.
O documentário “Giramundá: o Congo e a diáspora” foi produzido pelo Núcleo de Produção Digital (NPD) do campus do Araguaia. A produção é de 2018 e narra a história da encenação da Dança do Congo, na festa de São Benedito, no município de Nossa Senhora do Livramento (MT), a partir das vivências de personagens urbanos, com origens no Quilombo de Mata Cavalo.
A mostra acontece graças a uma parceria entre a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), a Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o Centro de Estudos Latino-Americanos de Comunicação e Cultura (Celacc) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, o Laboratório Experimental de Arte-Educação e Cultura da Faculdade de Educação da USP, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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