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24/11/2021 às 11:47 | Atualizada: 26/11/2021 às 18:13

Série documental e coletânea musical homenageiam Abel dy Anjos

Priscila Mendes

A viola de cocho, hoje reconhecida ícone da cultura mato-grossense, não tinha o valor merecido anos atrás. Mesmo conduzindo o cururu e o siriri nos quintais cuiabanos, não alcançava os jovens, necessários para perpetuar a tradição.

O despertar se deu quando o professor e músico Abel Santos Anjos Filho, o Abel dy Anjos, se interessou pela história, o modo de fazer e o som da viola de cocho. Com o trabalho dele, o instrumento desbravou o Brasil, ganhou a Europa e passou a ser visto como legado da cultura popular regional.

É por tudo isso que Abel dy Anjos foi homenageado com o título de "Mestre da Cultura", por meio de projeto contemplado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel/MT), com recursos da lei Aldir Blanc.

A história de homenagem a Abel está contada na série documental "Viola dy Anjos", produzido por Raphael Gustavo Coiado. “Ele teve um papel determinante ao tirar a viola de cocho das festas nos sítios e apresentar o instrumento em toda a sua plenitude à sociedade cuiabana, trazendo também os músicos e a comunidade ribeirinha e pantaneira para condição de artistas regionais”, destaca o produtor.

A homenagem conta com uma série de seis capítulos e uma coletânea musical, ambas disponíveis no youtube. O primeiro material traz uma retrospectiva do trabalho de pesquisa e aproximação com mestres do cururu em Cuiabá, a geração de valor econômico e cultural da viola de cocho, a valorização do saber popular na comunidade e no mundo e a inovação no modo de tocar o instrumento.


Além de depoimentos do próprio Abel, a série conta com participação de nomes como o falecido mestre Caetano Ribeiro, mestres Thomas Flaviano e Alcides Ribeiro, além da artista Vera Capilé e o professor Waldir Bertúlio.

A coletânea musical, por sua vez, conta com 15 obras que marcam a trajetória dele como musicista, professor, artista e mestre da cultura.
 
Com assessoria
 
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