Festival Cultural Muvuka começa nesta quinta com performance poética de Lupita Amorim
Priscila Mendes
Um festival que coloca no foco artistas negros, periféricos e LGBTQIA+ começa nesta quinta-feira (9), sempre às 19h (horário de Cuiabá), pelo Instagram de cada anfitrião da noite. A fim de tornar o evento mais acessível, as lives contam com intérprete de Libras.
Quem abre a programação do Festival Cultural Muvuka nesta quinta-feira (9) é Lupita Amorim, com a performance poética "Poesias de Resistência de uma Travesti, Periférica e Preta de Mato Grosso”, no perfil @lupiamorim.
Na sexta-feira (10), o anfitrião é o poeta Wandeir Maurício dos Santos, que receberá no próprio Instagram (@afrowando) o poeta Sol Ferreira e a poetisa Lupita Amorim para a live “Construções e Narrativas Afropoéticas LGBTQIA+ em Mato Grosso”.
Encerrando a programação, no sábado (11), será a live “Celebração do Dia do Orgulho e Cultura LGBTI+ em VG”, desta vez no Instagram do multiartista e performer Dan Close (@hausofclose) - que ficou conhecido por seu trabalho de drag, que irá receber o multiartista e produtor de moda Pedro Scarlett e a multiartista e cerimonialista Lupita Amorim (ela está em todas!).
A proposta do festival é “reunir projetos artísticos protagonizados por pessoas pretas, jovens, periféricas e LGBTs, trazendo produções culturais, evidenciando a potência de nossos corpos, celebrando as nossas vidas e contribuindo na luta de resistência da nossa população, através dos diversos segmentos da arte como dança, poesia e performance”, informa material de divulgação do evento.
O Festival Cultural Muvuka é uma produção coletiva de artistas contemplados individualmente no edital Movimentar - Cultura, realizado pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel/MT), e tem o apoio do Brechó Pixé e do Centro Cultural Casa das Pretas.
Sobre a live de abertura
A performance poética "Poesias de Resistência de uma Travesti, Periférica e Preta de Mato Grosso”, em live, nesta quinta-feira (9), tem o objetivo de “responder algumas questões por meio da poesia relacionadas à vivência de uma jovem travesti, periférica e preta”, explica Lupita Amorim.
“Quem são as pessoas que desejam ter proximidade, amizade e desenvolver relações afetivas com uma travesti, que não é enxergada como humanizada perante uma sociedade que está estruturada para excluí-la e não permitir ela ter acesso a sentir/expressar sentimentos ou ser digna de recebê-los de uma outra pessoa?”, questiona a poetisa.
Lupita tem 23 anos, é várzea-grandense, atriz, modelo, dançarina e poetisa. É graduanda em Ciências Sociais na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e, atualmente, está na coordenação do Coletivo Negro Universitário, da UFMT.
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