Imprimir

Imprimir Notícia

22/01/2022 às 15:00

Especialista alerta para uso de suplementos vitamínicos sem prescrição médica

Entretê

Com medo da pandemia e na tentativa de fortalecer o sistema imunológico, muitas pessoas começaram a tomar por conta própria complexos vitamínicos popularmente conhecidos como “complexos A Z”. Esses medicamentos que são vendidos sem prescrição médica, se consumidos em excesso e sem necessidade, podem trazer malefícios a saúde, causando a hipervitaminose.

De acordo com a professora do curso de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic), Maria Luisa Trabachin, as vitaminas estão divididas em treze tipos: A; complexo B (B1, B2, B3, B6, B9, B12, ácido pantotênico e niacina); C; D; E; e K. O uso dessas vitaminas só deve ser feito se existe déficit no organismo.

“Os suplementos são considerados medicamentos e, por isso, devem ser utilizados somente se houver a necessidade e que seja prescrito por um médico, para não trazer prejuízos à saúde. O ideal é fazer exames periódicos para a avaliação”, diz.

A intoxicação vitamínica acontece mais facilmente com as vitaminas lipossolúveis, A, D, E e K, que se dissolvem em gorduras, sendo seus excessos de difícil eliminação pelo organismo. Por exemplo, o excesso de vitamina D pode elevar o nível de cálcio no sangue, o qual depositados nas artérias e em órgãos como o rim, causam lesões permanentes.

A vitamina E em excesso, por sua vez, pode causar hemorragias e a vitamina K está ligada à coagulação sanguínea. Já a vitamina A, quando administrada em excesso, pode causar problemas neurológicos semelhantes à meningite e cefaleia intensa, além de oferecer risco teratogênico (malformação do feto) para gestantes.

A especialista faz um alerta, pois em alguns casos o uso das vitaminas em cápsulas não está fazendo o efeito desejado no organismo. “Para se ter uma noção de como o organismo está reagindo, é interessante monitorar com exames laboratoriais se a suplementação atingiu o objetivo clínico. Às vezes, o indivíduo utiliza complexos vitamínicos, mas não melhora os níveis desses compostos. Então, é essencial o acompanhamento clínico para alcançar os níveis desejados”, finaliza a professora.

Caso você não tenha nenhuma deficiência grave, a melhor saída é a reeducação alimentar, rica em vegetais, proteínas e gorduras boas, esses alimentos oferecem os micronutrientes em proporções biologicamente equilibradas.

 
Da assessoria
 
 Imprimir