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08/03/2022 às 10:10 | Atualizada: 08/03/2022 às 10:13

Conheça Hipátia, primeira matemática da História, morta em 8 de março de 415 d.C

Priscila Mendes

Sem fazer diferenciação entre teoria e prática, credos e costumes, Hipátia (370 d.C a 415 d.C), a primeira mulher matemática que a História registrou, deixou contribuições atemporais na área das ciências e um grande legado na Filosofia, pela forma como conduziu seus ensinamentos na cidade egípcia de Alexandria.

Hipátia foi morta em - repare - 8 de março, após ser 
atacada em plena rua por cristãos enfurecidos. Ela foi arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja, onde foi cruelmente torturada até a morte. O corpo foi lançado em uma fogueira. O relato foi de Sócrates Escolástico (ou de Constantinopla), outro Sócrates, um historiador grego da igreja cristã contemporâneo à filósofa homenageada.

Mais de 1.600 anos após sua morte, a biografia dela é registrada como aquela que, em meio às diferenças, buscava a união, estimulando o desenvolvimento do pensamento intelectual autônomo e crítico. “Preserve o direito de pensar” é uma das frases atribuída à cientista.

Ela viveu cerca de 10 anos depois de Plotino (um dos principais filósofos de língua grega, seguidor da tradição platônica), ocupando a mesma cadeira que ele dentro da escola neoplatônica, entre o século IV e V, época caracterizada como período de transição da Antiguidade para a Idade Média.

A cientista inventou equipamentos que auxiliaram na navegação, na astronomia e na medição da água e da umidade, como o hidrômetro e higroscópio e graças a ela a Aritmética foi simplificada.

A relação prática da ciência e a humanidade exemplificada por Hipátia é um dos temas abordados pela Organização Nova Acrópole, instituição internacional de Filosofia.

A professora e filósofa de Nova Acrópole no Brasil, Lúcia Helena Galvão, lembra que Hipátia dizia que compreender as coisas deste mundo é uma via segura de percepção da inteligência divina, destacando sua célebre frase “Compreender as coisas que nos rodeiam é a melhor preparação para compreender o que há mais além.  A Filosofia não é um sistema de crenças, mas o amor à sabedoria, a busca pela Verdade e esse caminho não exclui ou segrega”.

O professor José Carlos Fernandez, diretor nacional de Nova Acrópole em Portugal, no prólogo do seu livro “Viagem Iniciática de Hipátia: Na Demanda da Alma dos Números”, ressalta o exemplo de Hipátia que buscou aquilo que unia a todos, o que não significava ocultar os fatos, mas penetrar no sentido mais elevado dos acontecimentos, no esforço da alma humana que avança diante das dificuldades e além dos ciclos históricos.

A Nova Acrópole elaborou um vídeo especial para refletir a importância da filósofa. Assista abaixo. Mais informações, neste link. O site da instituição é www.acropole.org.br.


 
Com assessoria
 
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