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06/04/2022 às 12:20 | Atualizada: 06/04/2022 às 12:22

Professora lança livro sobre cururu e siriri em homenagem a Cuiabá

Entretê

Pensar em aniversário de Cuiabá passa também por reconhecer a importância do siriri e do cururu para a região. E, na véspera dos 303 anos de fundação da capital mato-grossense, será lançado o livro "NANDAIA, NANDAIA, vamos todos nandaiá? Sobre siriris e cururus de Mato Grosso", de autoria da professora Marta Martine Ferreira.

A obra é resultado da tese de doutorado da professora e o lançamento será nesta quinta-feira (7), às 8h, na Escola Estadual Padre Ernesto Camilo Barreto, no bairro Jardim Paulista, na capital.

O trabalho da professora investiga, descreve e analisa o percurso dessas duas danças típicas de Mato Grosso desde as primeiras referências registradas em documentos pesquisados pela autora, quando essas manifestações populares eram estigmatizadas, censuradas e enclausuradas nas periferias, até sua apropriação pela elite cuiabana e mato-grossense na busca pela construção de uma identidade regional frente ao fluxo migratório pelo qual o estado atravessava, advindo da “marcha para o Oeste”.

Nesse percurso, ela buscou entender como o sujeito fazedor das artes populares se coloca socialmente na História, para que ele faça com que sua prática não acabe e que ela esteja sempre em movimento, de forma a se manter viva, no caso do cururu e do siriri, por mais de 300 anos. "Por que, como e de que forma eles chegaram até aqui? Essa foi a motivação para o meu trabalho", revela.

Como resultado desse trabalho, a professora avalia que hoje o cururu e o siriri têm na sociedade mato-grossense um espaço respeitado e legitimado. Um lugar conquistado por seus próprios fazedores, tanto que a viola de cocho foi tombada como patrimônio histórico e as tradições do cururu e siriri a ela diretamente associadas.

Marta Martines é formada em Educação Artística, com Habilitação em Música pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea, também pela UFMT, e é doutora
pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
 
Com assessoria
 
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