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16/05/2022 às 16:56 | Atualizada: 16/05/2022 às 17:07

Ahgave lança primeiro álbum com faixas que unem ativismo e ancestralidade

Entretê

Já está em todas as plataformas digitais o álbum “Calango do Cerrado”, primeiro da carreira do mato-grossense Ahgave. O trabalho demorou cerca de um ano para ser produzido e carrega ideias que atravessam camadas sociais e trazem para superfície diferentes tipos de questões coletivas.

Ahgave já é conhecido de longa data na cena do rap, reggae e outras vertentes da cultura marginal no estado. São seis músicas e dois diálogos interlúdios.

No álbum, o MC simplificou ideias, tirou gírias, rimas rápidas, palavras em outras línguas e tudo o que pudesse ser um ruído na comunicação com o público. “A intenção era que minhas músicas pudessem dialogar de um adolescente a uma senhora idosa. Para isso, tive que revisitar as composições, alterar letras, como as das instrumentais. Isso refletiu num processo de autoconhecimento, me fez revisar pensamentos e ideias na vontade de me lapidar. Tudo isso para entregar o meu melhor”, comentou Ahagave.



O clipe de “Pra Djá”, uma das faixas, estreou em fevereiro deste ano e aqueceu o público com as cenas. O enredo chamou atenção dos internautas e mostrou, logo de cara, originalidade e sintonia com os temas políticos da atualidade.



Calango familiar

Por conta da pandemia, o MC teve dificuldade de encontrar profissionais que pudessem terceirizar serviços. Foi quando assumiu mais de uma tarefa. Entre as funções assumidas por ele estão a de produtor musical, produtor executivo, diretor de arte e músico compositor. “Foi à base de suor, sangue e lágrimas pra dar conta das oito faixas, oito videoartes e um videoclipe”, diz.

O nome do álbum “Calango do Cerrado” é uma homenagem aos homens e mulheres que são reconhecidos por terem nascido ou morarem em regiões que possuem esse bioma, além de ser um “apelido de família”.

É o avô do artista quem protagoniza a capa do álbum. O ancião foi o escolhido para representar seus antepassados e outras pessoas que levam, ou já levaram, a mesma lida. Como um espelho, Ahgave se vê no ancestral, que, antes do músico, também era conhecido como calango.

A sonoridade do álbum transita entre o rap, o reggae e o dancehall, um estilo musical popular jamaicano.  A direção musical é de Ahgave, que assina como Mato Groove, e conta com coproduções nos instrumentais de Artur Lion, Lucas Mellow, Augusto Krebs, Laza e Dubalizer. Já nas participações, divide versos com Nega Lu, Kyanaju, Kessidy Sharamandaya, Luiz Góes e Supa Smile do Retumbo Sistema de Som.

Conheça mais sobre o MC em @ahgave.

 
Com assessoria
 
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