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23/05/2022 às 12:52

Sesc Arsenal recebe filmes de Marithê Azevedo e bate-papo com Divanize Carbonieri e Vitória Basaia

Priscila Mendes

A produção cinematográfica de Marithê Azevedo pauta a programação do Cinema do Sesc Arsenal, nesta quarta-feira (25). A partir das 18h30, serão exibidos os curtas ‘Uterus Mundus’, sobre as artes visuais de Vitória Basaia, e a estreia de ‘Entraves’, inspirado num poema de Divanize Carbonieri. Logo após, será realizado o debate ‘Poética fílmica em diálogo com as artes plásticas e a literatura’, com a presença das três referências envolvidas.
 
Segundo a cineasta, “Entraves é uma provocação irônica de modelos inventados e afirmados para a mulher nos anos 1950 quando surgiram os eletrodomésticos que entupiram as cozinhas e que estão aí até hoje”, comenta, acrescentando que “é um filme feminista”.
 
No curta, a personagem Karen (Karina Figueredo) está seduzida pelos 18 conselhos do Guia da Boa Esposa de 1955, lido num programa de rádio para mulheres, conduzido por dois locutores (Luiz Marchetti e Alair Fernando). No 11º conselho, desastres começam a acontecer. A fotografia é de João Carlos Bertolli, a direção de produção é de Carol Araújo, edição de Dener Gonçalves, música de Cristina Dignar, fotografia still de Bruna Obadowski e cartaz de Fred Gustavos. O filme foi realizado com recursos da Lei Aldir Blanc em edital da Prefeitura de Cuiabá.
 
Já o documentário Uterus Mundus é um curta de 22 minutos sobre a obra da artista visual Vitória Basaia, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio do edital MT Nascentes da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel/MT). Na produção, Marithê Azevedo criou uma poética singular, específica, para revelar o universo de Basaia, guiada pelas ideias de Uterus (tematização do feminino) e Mundus (cosmogonia), dois importantes traços do trabalho da homenageada.
 
Leia também – Poética de Vitória Basaia é traduzida em documentário de curta-metragem
 
Vitória Basaia gostou muito do curta documental que a representou. “Ela conseguiu captar e ver até o que está escondido em mim”, comentou. A editora de livros Maria Teresa Carracedo apontou que “neste documentário poético, entramos na intimidade de uma artista intensa, visceral, inquieta, compulsiva. Sempre pensei como seria maravilhoso que muitas pessoas pudessem ‘entrar’ nas diversas salas da grande e misteriosa ‘caverna’ de Vitória Basaia”. A fotografia é de Rosano Mauro, a direção de produção é de Carol Araújo e a música de Cristina Dignart. O doc a participação de Aline Figueiredo, Serafim Bertoloto, Ludmila Brandão, Adriana Milano e Julio César Carvalho.

Sobre Marithê Azevedo

Ela é cineasta e roteirista, doutora em Artes Cênicas e mestre em Cinema pela Universidade de São Paulo (USP). É vencedora dos prêmios Melhor Documentário Brasileiro no Festival Internacional do Cinema Feminino, Femina por ‘Memórias Clandestinas’, prêmio Melhor Telefilme Documentário no Festival de Cinema de Mato Grosso por ‘As cores que habitamos’.

 
Com informações da assessoria
 
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