A programação conta com palestras, rodas de conversa, vivências, apresentações culturais, feira de artesanato, oficinas de arte e idioma indígena. e é aberta ao público. Para as atividades presenciais, é necessário se inscrever por este link, com vagas ainda para as mesas redondas. A entrada é solidária: um quilo de alimento não perecível. O montante será doado para os povos indígenas que participam do evento. Para acompanhar on-line, é possível se inscrever nos lembretes do Youtube, no canal do museu.
“Neste ano, a proposta é refletir sobre as territorialidades, que não se restringem apenas ao espaço geográfico, mas se estendem à existência de cada povo, à preservação da cultura e o papel das aldeias na sustentabilidade e proteção contra mudanças climáticas. O Encontro Indígena é também uma festa, uma celebração da vida e da cultura dos povos originários”, explica Enir Maria Silva, coordenadora do Museu de História Natural.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificam 240 povos indígenas no Brasil, sendo 43 deles em Mato Grosso, com uma população de 42 mil indígenas residentes em todo o Estado. Entre as etnias já confirmadas estão os Umutina, Kuikuro, Bororo, Karajá, Xavante, Kamayurá, Kurâ-Bakairi, Manoki e Guató.
Para Nárru Yamalui, do povo Kuikuro - do Alto Xingu, o evento é uma oportunidade para vivenciar a diversidade cultural entre os povos indígenas de Mato Grosso. “Nós somos indígenas e temos língua, crenças, arte e histórias diferentes. Nos encontros, a gente conversa com as crianças, jovens e adultos e tira dúvidas sobre a nossa realidade. Essa é uma forma de fortalecer a nossa cultura”.
Ao todo, a organização do evento espera receber até cinco mil pessoas ao longo dos quatro dias de programação.
Para o público geral, será uma oportunidade de conhecer mais sobre a luta e a cultura dos povos indígenas. Também está sendo exposto artesanato produzido pelos indígenas para exposição e venda no local.
O evento é realizado pelo Museu de História Natural de Mato Grosso, por meio do Instituto Ecoss e a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel/MT). São apoiadores o Musear e o Univag.
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