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25/06/2020 às 08:25 | Atualizada: 25/06/2020 às 08:49

Cachorros são treinados para farejar Covid-19 em assintomáticos

Entretê

Estudos já comprovam que as doenças têm cheiros específicos que nós humanos não conseguimos sentir. A febre amarela, por exemplo, possui cheiro  de carne crua, enquanto a tuberculose tem um cheiro de cerveja velha.

Com a relação à Covid-19, cientistas acreditam no mesmo princípio. Ela possui um cheiro que pode ser sentido pelos cachorros. A habilidade dos pets pode ajudar na identificação de pessoas infectadas que não apresentam qualquer sintoma.

No Reino Unido, um grupo de cientistas já deu início aos treinamentos com os cães. Os animais são expostos a meias e máscaras usadas por cerca de 3.200 funcionários do Serviço de Saúde Nacional do Reino Unido com objetivo de identificar um cheiro característico do coronavírus.

Os estudos começaram através de Asher, um cachorro da raça cocker spaniel. Asher chegou à organização Medical Detection Dogs (Cães de Detecção Médica, na tradução do inglês) após ter vários donos e não conseguir ficar com nenhum devido a sua hiperatividade.


Os cientistas da organização Medical Detection Dogs, responsáveis pelo treinamento, são especialistas nesse tipo de trabalho. Segundo eles, os cachorros são capazes de detectar pequenos traços do odor criado por diferentes doenças.

Isso acontece porque, segundo os pesquisadores, o nariz do cão é o melhor bio-sensor existente. Estima-se que o animal tem um olfato entre 10.000 e 100.000 vezes melhor que a do ser humano médio.

“Podemos detectar uma colher de açúcar em uma xícara de chá, mas um cachorro poderia detectar uma colher de açúcar em duas piscinas olímpicas. É nesse nível”, contou ao jornal “The Guardian” o professor James Logan, chefe do departamento de controle de doenças da Escola de Higiene de Londres e Medicina Tropical.


Asher durante treinamento para detectar a presença da Covid-19. Foto: Twitter Medical Detection Dogs

Antes do surgimento do novo coronavírus, a equipe estava dedicada a treinar o cãozinho da raça cocker spaniel para identificar a malária. Com o avanço pandemia, os pesquisadores passaram a focar o treinamento no rastreamento do novo vírus.

“Estamos confiantes de que os cães serão capazes de ajudar cientistas e médicos a desenvolver maneiras mais rápidas e baratas de detectar doenças, como cânceres, doenças neurológicas e infecções bacterianas muito antes do que é atualmente possível”, diz o site da organização.


   
Com informações do G1 e Catraca Livre
 
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