06/07/2020 às 11:09 | Atualizada: 06/07/2020 às 11:54
Audiovisual e Covid: MT Cine envia protocolo de segurança para agências e produtoras
Maria Clara Cabral
Na mesma data em que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou Mato Grosso como o novo epicentro da pandemia do novo coronavírus no Brasil, a Associação dos Profissionais de Cinema de Mato Grosso, MT Cine, enviou uma carta às agências e produtoras, associados e sindicato, informando os protocolos de segurança para o audiovisual em território nacional.
“Após um período de paralisação por conta do Coronavírus, o segmento experimenta agora uma retomada gradual nas suas atividades. Mas isso precisa ser feito com cautela e responsabilidade”, diz o documento, que apresenta medidas de prevenção estabelecidas pela APRO – Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais.
Um dos primeiros casos de Covid-19 que veio à público em Cuiabá foi, por sinal, do cineasta e presidente da MT Cine, Bruno Bini, que, à ocasião, voltava da Europa, onde esteve divulgando seu novo longa-metragem ‘Loop’. No momento atual da pandemia, relatos de infecção de profissionais do setor audiovisual, a maioria freelancers, são crescentes e preocupam o setor pela alta rotatividade em Mato Grosso.
“Os protocolos da APRO são interessantes porque observam essa questão. Como está esse território onde essa produção está acontecendo? Está em fase totalmente aberta, de flexibilização ou lockdown?”, destaca a produtora audiovisual Caroline Araújo, vice-presidente da MT Cine.
Em localidades que adotam medidas mais restritivas – distanciamento, isolamento social ou lockdown – (fase 1), as produções devem ser pensadas em formatos remotos, suspendendo filmagens e gravações em locações públicas e particulares; no caso de deslocamento imprescindível, com mínimo de equipe e disponibilidade de EPIs.
Em momento intermediário de flexibilização das medidas restritivas (fase 2) – quando autoridades sanitárias permitem a retomada das atividades do setor –, serão adotadas novas medidas de biossegurança e distanciamento social. No “novo normal” (fase 3), os protocolos serão desenvolvidos a partir das experiências da fase anterior.
A nota da MT Cine data a ultima sexta-feira (3) e é destinada aos Associados, SINAPRO – Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Mato Grosso, Agências de Publicidade e Propaganda de MT e Produtoras de Conteúdo Audiovisual. Isso porque, muitas vezes, a decisão sobre o formato das produções, especialmente de cunho comercial, está na mão das empresas.
“A maior parte dos produtos audiovisuais, a gente produz de acordo com o que as agências idealizam. Então precisamos do entendimento por parte dessas agências de que alguns roteiros, com grande número de casting e locações, por exemplo, não são possíveis nesse momento”, ressalta Caroline Araújo.
Para ela, a partir de agora, pensar novos formatos de produção audiovisual é inevitável. “Estamos vivendo um momento em que a comunicação de maneira geral está se reinventando. Precisamos garantir que a cadeia continue, obviamente, porque temos um grande contingente de pessoas que compõe essa rede de trabalho, mas com segurança”.
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