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12/02/2024 às 08:15 | Atualizada: 28/02/2024 às 15:32

Fundado em 1995, Bloco Boca Suja carrega título de maior campeão do Carnaval cuiabano

Gabriella Arantes

Fundado em 1995, o Bloco Boca Suja é o maior campeão do Carnaval cuiabano com seis títulos carnavalescos. Como estamos no período da folia, a entrevista do quadro “A História por Trás do Artista” desta semana foi com o presidente da agremiação, Gabriel Moraes.

Durante o bate papo, Gabriel, que está a frente do bloco há 24 anos, falou um pouco sobre sua história. Conforme o carnavalesco, o Boca Suja surgiu no Bairro Bandeirantes, em Cuiabá, oriundo dos torcedores da principal torcida organizada do Mixto Esporte Clube. 

“Surgiu pequeno, como todo mundo surge. No começo tinha cerca de 20 integrantes. De degrauzinho por degrauzinho ele foi crescendo, conforme o tempo, e se tornou o que é hoje”, contou ao Entretê

Atualmente, a sede do bloco fica localizada no Bairro CPA II, e os ensaios acontecem no Bar do Davi. “No Bandeirantes ele surgiu e ficou um ano lá. Depois ele migrou para o Bairro Poção e ficou três anos. Em 1997 o bloco foi para o CPA II, onde está até hoje”. 

Com uma bateria composta por 120 pessoas, o Boca Suja possui destaque de alegoria, fantasia, carro alegórico e muito mais. A preparação para o Carnaval começa cerca de um ano antes da festa.  

 
“O trabalho é feito a partir de março com a escolha do tema do samba enredo. Depois vem a confecção de fantasias, alegorias e abadás É um trabalho de longo tempo para um desfile que não dura uma hora”, explicou Gabriel. 

Neste ano, a agremiação fará parte do desfile da Liga Independente dos Blocos Carnavalescos e Escolas de Samba da Capital, realizado na Orla do Porto II, das 19h às 3h do dia 13 de fevereiro.

Ao todo, aproximadamente 800 foliões do Boca Suja devem participar do evento. O abadá custa R$ 30,00 e pode ser adquirido através desse contato: (65) 9 8474-1894.

Em ritmo de samba, o enredo do bloco em 2024 pede a preservação da Amazônia. A letra ainda traz letra de "tupã e uirapuru", fazendo referências às tribos indígenas que habitam o local e hoje se vêem ameaçadas por exploradores de riquezas do local, como madeireiros e garimpeiros. 

 
“Escolhemos esse tema diante das coisas que vêm acontecendo desde o ano passado, com essas tragédias naturais. O clima está instável e o calor intenso. Então buscamos essa forma de poder chamar a atenção do poder público e sociedade. [...] Falamos da Amazônia, da sua fauna e flora. Bem como as tradições indígenas. Vem trazendo também a história indigena no começo da Amazônia”, afirmou o presidente. 
 
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