Governador em exercício nesta terça-feira (1º), o presidente licenciado da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Russi (PSB), suavizou as críticas do governador Mauro Mendes (DEM) quanto à derrubada dos vetos do Executivo na Assembleia Legislativa. Para Russi, Mauro age pelo caminho democrático.
Nessa semana, o assunto ganhou espaço depois que os parlamentares derrubaram todos os vetos que foram colocados para votação na sessão do dia 26 de maio. Questionado, Mauro Mendes deu a entender que a Assembleia agia de forma impulsiva ao derrubar os vetos, que seriam pautados em parecer jurídicos da Procuradoria Geral do Estado. Mauro chegou a afirmar que os deputados poderiam “fazer o que quiserem”, porque, se ele achar que deve, judicializará as demandas.
Para Russi, a judicialização é um caminho normal e democrático e, por isso, ele defende que Mauro estaria correto em seu posicionamento. Ainda segundo ele, apesar das judicializações, a relação com o governo estadual segue tranquila, uma vez que Assembleia e Executivo são poderes independentes.
“Tudo o que o governador entende por vetar e, ele tem a prerrogativa de vetar, ele veta, e a Assembleia, o que ela entende que tem que derrubar, assim o faz. O governador também tem outros meios, como procurar a Justiça através de Adin, para aqueles projetos que ele entende que não têm constitucionalidade”, ponderou.
“Acho que isso é bastante democrático. O governador respeita bastante esse espaço, faz uma conversa republicada com a Assembleia Legislativa e faz parte do processo democrático”, completou, em entrevista à imprensa nesta terça-feira.
Apesar da posição neutra do presidente da Assembleia, alguns parlamentares não concordam com a crítica do governador. Durante a sessão plenária desta terça-feira, o deputado Valdir Barranco (PT) comentou a fala do governador Mauro Mendes e pediu respeito às decisões da Assembleia. Já nessa segunda-feira (31), o primeiro secretário, deputado Eduardo Botelho (DEM), avaliou que estaria havendo divergência de entendimento entre as Procuradorias Legislativa e a do Estado.
Segundo Botelho, Mauro estaria judicializando até mesmo matérias que já foram discutidas no Supremo Tribunal Federal, como no caso do projeto de lei que proíbe o corte de energia elétrica durante a pandemia da covid-19. Com a estratégia, atrasa-se o cumprimento das leis.
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