Durante pronunciamento em rede nacional nesta quarta-feira (2/6), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) exaltou medidas do governo federal, comemorou a entrega de vacinas contra a Covid-19, defendeu o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) e voltou a criticar medidas de isolamento social. Houve panelaços em todo o país durante o discurso do chefe do Executivo.
Bolsonaro começou o pronunciamento lamentando “cada vida perdida”. Ele, no entanto, não citou o número de mortos em razão do novo coronavírus. O país acumula mais de 16,7 milhões de casos da Covid-19 e já registra mais de 467,7 mil óbitos em decorrência da doença.
Durante sua fala, o presidente celebrou a marca de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 distribuídas aos estados. Ele afirmou que todos os brasileiros que quiserem serão vacinados ainda neste ano.
O chefe do Executivo voltou a falar que o Brasil é o quarto país que mais vacina no mundo. A posição no ranking global, no entanto, leva em consideração apenas o número total de doses aplicadas.
Quando a comparação do total de doses aplicadas leva em conta o tamanho da população de cada país, o Brasil aparece em 78º entre 190 nações e territórios. Os números são do levantamento Our World In Data.
“Hoje alcançamos a marca de 100 milhões de doses de vacinas distribuídas a estados e municípios. O Brasil é o quarto país que mais vacina no planeta. Neste ano, todos os brasileiros, que assim o desejarem, serão vacinados. Vacinas essas que foram aprovadas pela Anvisa”, declarou Bolsonaro.
Bolsonaro também celebrou a previsão de crescimento de 4% do PIB em 2021 e a realização da Copa América de futebol. Nessa terça-feira (1º/6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021, na comparação com o quarto trimestre de 2020.
“Só no 1º trimestre deste ano, a economia mostrou seu vigor, estando entre os países do mundo que mais cresceram”, afirmou.
Sem citar governadores e prefeitos, o presidente ainda voltou a criticar medidas de enfrentamento à pandemia e disse que o governo federal “não obrigou ninguém a ficar em casa”.
“O nosso governo não obrigou ninguém a ficar em casa, não fechou o comércio, não fechou igrejas ou escolas e não tirou o sustento de milhões de trabalhadores informais”, disse Bolsonaro.
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