O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), acredita ser vítima de uma grande perseguição orquestrada por alguns membros da Polícia Civil em conluio com o governo do Estado. Em sua visão, a Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deccor) estaria induzindo o Ministério Público e o Judiciário ao erro.
"Quem criou a Deccor? Quando foi criada a Deccor? Vamos fazer um levantamento das ações da Deccor. O Estado teve a questão do jatinho, dos livros, dos respiradores 'xing-ling', tem agora a questão do TCU, R$ 7 milhões, ameaçando convocar o governador na CPI e teve várias denúncias, mas parece que há uma imunidade do Estado com relação às ações da Deccor", criticou o gestor.
Emanuel afirmou que não exime a Prefeitura de culpa, considerando que são mais de 20 mil servidores, e defendeu que erros devem ser investigados. Entretanto, avaliou que fatos "estranhos" acontece apenas depois que Cuiabá anuncia grandes conquistas.
O gestor se referia ao fato de que, na tarde de ontem, anunciou que conseguiu junto ao Governo Federal a remessa de doses extras de vacina contra a covid-19 para Cuiabá.
O prefeito acrescentou que não estaria atacando a instituição da Polícia Civil, mas que alguns membros estariam agindo de forma abusiva. Ele ainda garantiu que possui "elementos" que devem o auxiliar a tomar "algumas medidas". Ele não entrou em detalhes.
"Estão induzindo o Judiciário e o Ministério Público ao erro, propositadamente, com o intuito de atingir o prefeito e a gestão Emanuel Pinheiro", finalizou.
A operação Overpriced foi deflagrada inicialmente em outubro de 2020, para apurar um suposto faturamento na aquisição de medicamentos para tratamento do novo coronavírus. Na época, o secretário de Saúde, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, foi afastado judicialmente e exonerado pela Prefeitura, a pedido dele.
Esta não é a primeira vez Emanuel alega que a Deccor estaria agindo para perseguir sua gestão, a pedido do governador Mauro Mendes (DEM). Em 2019, o prefeito procurou a Assembleia Legislativa para denunciar suposto uso ilegal da máquina pública por parte do governador. Na época, ele citou a Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).
Outro lado
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Polícia Civil, que informou que não vai comentar sobre as alegações do gestor.
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