O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) falou, pela primeira vez, sobre a ação proposta pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), na qual ele e mais 13 pessoas são acusadas de improbidade administrativa, envolvendo a licitação do setor de transporte coletivo intermunicipal.
Em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira (16), o parlamentar classificou a acusação como “suposição” e lamentou o impacto disso em sua família. “Suposições. Suposições eu faço: talvez aquela pá ali possa cair. Então, suposições é difícil hoje em dia. [...] “Eu fico triste pela minha esposa e minhas filhas. Agora, eu não desanimo, confio muito em Deus e acredito na verdade”, comentou.
A denúncia em questão é relativa à Operação Rota Final e foi apresentada pelo promotor de Justiça Ezequiel Borges da Fonseca na sexta (21). A Operação Rota Final já teve três fases deflagradas e investiga a suposta existência de uma organização criminosa voltada à prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de transporte coletivo intermunicipal.
“Acho que antes das suposições, chama para ver o que tem de verdade ou não. É saber separar o que é público do que é privado. Privado é uma coisa, público é outra. As licitações nunca pararam, todas elas continuaram, processo continuou. Tanto que o Estado agora suspendeu. Suspendeu por que? Tem alguma coisa irregular? Alguma coisa errada? Não tem nada, tudo aconteceu normal”, defendeu.
Quanto à acusação de que havia uma comissão montada na Assembleia para atrasar a licitação acontecer, Dilmar rebateu dizendo que “daqui uns dias não vamos poder ser parlamentar, não vamos poder ser legislador”. Na sequência, pontuou que proposituras são apresentadas todos os dias dentro do Parlamento e muitas são inconstitucionais, mas “é o direito de cada um definir, ter uma defesa”.
Quanto à quantia de R$ 150 mil em espécie encontrada na residência do deputado, ele afirma que é oriundo da venda de um trator, e que possui nota fiscal. “É meu, dinheiro meu. Tudo comprovado, já está lá para ser analisado com nota fiscal. Não é objeto da operação. Uma venda de um trator de esteira, comprovada e com nota fiscal”.
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