Exame de toxicologia forense da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) não encontrou vestígios de veneno no corpo do idoso Edson Manoel Leite de Oliveira. Falecido desde março de 2018, ele teve o cadáver exumado em janeiro deste ano, depois que a família levantou suspeitas de que ele pudesse ter sido envenenado.
Edson é avô paterno da menina Mirella Poliana Chuê de Oliveira, morta aos 11 anos envenenada pela madrasta, Jaíra Gonçalves Arruda. O caso ficou conhecido depois da operação "Branca de Neve", deflagrada pela Polícia Civil em setembro de 2019.
De acordo com a Politec, o laudo foi liberado no dia 7 de maio e não apontou "nenhuma substância suspeita nos restos mortais, somente medicamentos corriqueiros, que possivelmente ele estava tomando por algum tratamento".
Conforme o Leiagora tem noticiado, a suspeita de que Edson pudesse também ter sido envenenado se deu depois que foi encontrada a presença de carbofurano, um pesticida, no sangue de Mirella.
As investigações apontaram que a madrasta Jaíra aplicava pequenas doses de veneno para matar a enteada, com o objetivo de "herdar" uma indenização de cerca de R$ 800 mil a qual a menina tinha direito. O valor foi determinado pela Justiça depois de 10 anos de ação, em um processo de indenização pela morte da mãe de Mirella, Poliane Chue Marques, durante o parto. Teria havido erro médico.
Atualmente, Jaíra já foi sentenciada ao Tribunal do Júri, em razão da morte da menina. No entanto, ela recorre à instâncias superiores para tentar reverter a decisão. Ela, porém, está presa desde setembro de 2019, no presídio Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.
O Leiagora fez reportagens especiais sobre o caso, que completou dois anos neste mês de junho. Confira aqui.
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