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Notícias / Judiciário

26/06/2021 às 10:15

Diretor da PJC pede indenização de R$ 50 mil a Stringueta por criticar foto com delegado investigado

Para Stringueta a ação é perseguição e deve afastá-lo ainda mais da instituição

Alline Marques

Diretor da PJC pede indenização de R$ 50 mil a Stringueta por criticar foto com delegado investigado

Foto: Arquivo PJC

Após criticar o Ministério Público e ser alvo de ações, agora o delegado Flávio Stringueta, mais uma vez, está na mira da justiça por uma postagem em que critica o diretor geral da Polícia Judiciária Civil, Mário Demerval, por aparecer ao lado do delegado de Sinop, Douglas Turíbio Schutze, exaltando a competência do colega, que é investigado por oferecer propina ao próprio Stringueta. 

Com este novo capítulo, a relação que já estava estremecida fica ainda mais abalada, o que deve levar Stringueta a pedir a sua aposentadoria após mais de 30 anos na instituição. Para ele, trata-se de uma “perseguição sem fim”. “Tudo o que escrevi é verdade. Não sei onde cabe danos morais quando se diz verdades. Acho que deve ter doído demais”, declarou ao Leiagora. 

O que ocorre é que Demerval entrou com uma ação na 9ª Vara Cível de Cuiabá em que pede indenização de R$ 50 mil por danos morais e direito de imagem. Isto porque ele alega que o perfil onde foi postada a imagem é fechado, portanto Stringueta não poderia utilizar a imagem, além disso, a publicação seria depreciativa e estaria causando danos a sua imagem, devido o alcance das redes sociais do delegado que mantém o perfil aberto. 

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Na postagem feita por Stringueta ele aponta que Schutze, que aparece ao lado de Demerval, responde a um inquérito que foi inclusive conduzido por Stringueta à frente do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Ao comentar o caso, ele alega que há uma “inversão gritante de valores”: “um policial acusado tira fotos sorridentes com nosso comandante maior da PJC, também sorridente, em homenagem. Porém, quando um delegado (eu) que falou verdades imorais do MPE foi escanteado". 



Schutze foi alvo da Operação Insídia, deflagrada em agosto de 2020, e teria oferecido dinheiro para que Stringueta para paralisar a investigação, que tinha como alvo um produtor rural. A investigação iniciou com o desaparecimento de seis pessoas na região, que possivelmente estão mortas. Os corpos não foram encontrados, mas um carro com roupas, documentos das pessoas, além de outros objetos pessoas foi encontrado dentro de uma propriedade rural. Havia marcas de sangue no local.

Demerval alega na ação que Stringueta “é tenaz em postagens que externam opiniões difamantes , com ponto de vista polêmico e, eventualmente, acredita -se que, acaso proferida decisão judicial desfavorável ao Requerente, poderá encorajar o ofensor a novos ataques, sendo inverossímil que esse cenário depreciativo prevaleça, sob pena de se perfazer um processo de normalização/banalização dos ataques perpetrados pelo Requerido”. 

Para o diretor a legenda é pejorativa com o objetivo de censura e intimidação, com o propósito de difamá-lo, já que não denota de um debate e sim apenas o ponto de vista do delegado, que é chamado de “revanchista e institucionalmente desestabilizador”. 

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Sendo assim, Demerval pede uma indenização de R$ 50 mil como forma de compensar a ofensa causada e também para o servidor de punição à responsabilidade civil. Além disso, ele pede a retirada imediata da postagem, em caráter de urgência, para evitar maiores prejuízos à imagem dele. 

O que é destacado na ação também são só comentários na postagem que critica, inclusive, o diretor PJC, por isso, o pedido para retirada. “Importa informar que as contas de titularidade do Requerido, “Instagram” e “Facebook”, atingem, juntas, um público de quase 5.000 (cinco mil) seguidores/usuários/amigos, cujo acesso é público, o que por lógica não o limita aos “seguidores” e “amigos, alcançando um público amplo, tornando -se verdadeiro espaço virtual para que o Requerido continue maculando a honra, imagem e credibilidade do Requerente”.

Outras ações

Em maio deste ano, o juiz Luiz Octávio O. Saboia Ribeiro, da 3ª Vara Cível de Cuiabá, mandou o delegado Flávio Henrique Stringueta não ofender membros do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), ou terá que pagar multa diária de R$ 5 mil. Atualmente, o delegado recorre da decisão

A decisão é devido aos artigos feitos por Stringueta em que chamava o Ministério Público de imoral e criticava a compra dos Iphones. 
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