A Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá deverá deixar de ser referência para internações em enfermaria e UTIs da covid-19 e passar a realizar cirurgias eletivas. O governador Mauro Mendes disse que o Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, deve absorver a demanda de pacientes contaminados com novo coronavírus. A mudança deve ocorrer entre uma ou duas semanas.
Durante apresentação ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre o panorama do setor em Mato Grosso, na noite de sexta-feira (09), Mauro Mendes destacou que há necessidade de realizar 22.544 cirurgias eletivas no Estado. São pessoas que estão há mais de um ano aguardando procedimentos pelo SUS. Para isso, serão investidos R$ 105 milhões para zerar a fila.
Desde 2019, a Santa Casa é um hospital estadual e dispõe de 10 salas de cirurgias para desafogar essa demanda. Hospitais regionais, municipais e até mesmo da rede privada devem integrar essa força-tarefa para desafogar a fila de cirurgias eletivas. O governo pretende incrementar o valor da tabela SUS para ter aderência dos hospitais particulares também.
Para que isso ocorra, o governador se reuniu com a equipe da Secretaria de Estado de Saúde (SES) para que quando o percentual de internação por covid-19 chegue aos patamares de 60%, jpa seja possível colocar o programa em prática. Hoje, o percentual é de 72,15%.
“Imaginamos que quando reduzir para 60% tenhamos condições de transferir 100% a atividade covid-19 da Santa Casa para o Metropolitano. Vamos fazer desinfecção do hospital e liberar todo nosso complexo, que são 10 salas cirúrgicas para iniciar os programas de cirurgias eletivas. Mas enquanto isso, os hospitais regionais estão sendo preparados para realizar as cirurgias eletivas. Queremos investir 105 milhões só em cirurgias em procedimentos eletivas”.
