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Notícias / Judiciário

14/07/2021 às 10:00

MP da Bahia denuncia agricultor de MT por compra de sentença por R$ 1 milhão

Dono do Grupo Bom Jesus Agropecuária, Nelson Vigolo teria comprado sentença em disputa de propriedades no oeste baiano

Leiagora

MP da Bahia denuncia agricultor de MT por compra de sentença por R$ 1 milhão

Foto: Reprodução

O empresário Nelson Jose Vigolo, dono do Grupo Bom Jesus Agropecuária, com sede em Rondonópolis, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual da Bahia junto com o juiz Sérgio Humberto e dois advogados Júlio César e Vanderlei Chilante pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção em esquema criminoso criado para blindar grupo econômico que disputava propriedades de terras na região Oeste da Bahia. 

Segundo a denúncia, foi ajustado pagamento de R$ 1 milhão ao magistrado para que ele se declarasse suspeito nos processos de interesse do Grupo Bom Jesus Agropecuária, com o objetivo de o juiz não proferir novas decisões desfavoráveis. O MP requereu a prisão preventiva do juiz, além da perda de função pública e decretação de perdimento de produtos dos crimes no valor mínimo de R$ 1,5 milhão.

Conforme a petição inicial enviada ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, os denunciados integraram organização criminosa, em conjunto com uma desembargadora e o filho dela, para enfrentar grupo econômico liderado pelo “falso cônsul” Adailton Maturino. 

O pagamento da propina ao juiz teria sido realizado em espécie. Segundo a denúncia, o saque foi realizado pelo advogado Júlio César da conta bancária de Nelson Vigolo e o dinheiro depositado, de maneira fracionada, na conta de um “laranja”. Só depois o valor teria sido transferido para parentes ou empresas vinculadas aos parentes do magistrado.

A denúncia aponta as provas reunidas ao longo das investigações ocorridas no âmbito da ‘Operação Faroeste’ e compartilhadas pela Procuradoria-Geral da República, após autorização do Ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Entre as provas apontadas, estão as obtidas por meio de interceptações telefônicas, ações controladas, escutas ambientais, relatórios de inteligência do Coaf, quebras de sigilos bancários, bem como as colaborações premiadas firmadas pelos denunciados Júlio César, Vanderlei Chilante e Nelson Vigolo com o Ministério Público Federal.

 
Com informações da Assessoria
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