Mais de 160 atletas abertamente lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queers participarão da Olimpíada de Tóquio 2020, o que torna os Jogos deste ano os mais inclusivos de todos os tempos.
Isso colocou em evidência o Japão, que segundo ativistas está fora de sintonia com grande parte do restante do mundo e ainda não passou pelas mesmas mudanças sociais que transformaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo e mais inclusão uma realidade em outros países.
Embora o Japão seja conhecido por ter fortes democracia e sociedade civil, ativistas dos direitos humanos dizem que está longe de resolver as questões de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queers e os demais representados pela sigla.
A carta olímpica proíbe a discriminação. Embora Tóquio tenha aprovado uma lei antidiscriminação três anos atrás, não há a mesma proteção legal para o restante do país.
Ativistas esperam usar os Jogos como uma oportunidade para levantar a questão e angariar apoio do público para as pautas LGBTQIA+.
"Acho que muitas pessoas pensam que o Japão é um defensor dos direitos humanos, mas é o oposto, porque não temos igualdade de casamento, não temos leis banindo discriminação baseada em orientação sexual ou identidade de gênero", disse Gon Matsunaka, fundador do primeiro centro LGBTQIA+ do Japão, Pride House.
Agência Brasil