Após a deflagração da Operação Curare, uma ação da Polícia Federal que revelou a existência de fraudes na contratação de leitos de UTI para covid-19, vereadores da capital se articulam para garantir a criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Cuiabá.
A intenção é garantir a abertura de uma CPI para investigar os serviços terceirizados nas unidades de saúde da administração direta e indireta da capital.
A oposição tenta se unir para buscar o apoio de alguns parlamentares independentes para conseguir as nove assinaturas necessárias para instaurar a CPI, conforme determina o Regimento Interno.
O requerimento, de autoria do vereador tenente coronel Paccola (Cidadania), já possui o apoio de cinco vereadores, dentre eles Dilemário Alencar (Podemos), Diego Guimarães (Cidadania) e Michelly Alencar (DEM). Quanto aos demais nomes, Paccola faz suspense e diz que só irá revelá-los quando obtiver todas as assinaturas.
Conforme justificativa do documento, a Câmara tem o dever abrir essa investigação após a deflagração da operação e também diante outras denúncias recebidas no Parlamento que versam sobre o mesmo assunto. Para a criação da CPI, é necessário o apoio de um terço dos vereadores.
Desde 2017, quando assumiu a prefeitura de Cuiabá, Emanuel Pinheiro já teve cinco secretários de saúde. Desses, três foram afastados da gestão em razão de operações policiais e decisões da Justiça.
