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Notícias / Política

10/08/2021 às 08:30

Audiência pública deve debater instalação de PCHs no Rio Cuiabá

Requerimento do vereador tenente coronel Marcos Paccola será votado nesta terça

Kamila Arruda

Audiência pública deve debater instalação de PCHs no Rio Cuiabá

Foto: Reprodução

A discussão em torno da instalação de Usinas Hidrelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) no Rio Cuiabá deverá ganhar novos contornos. Isso, porque a Câmara da capital deverá entrar no debate. Um requerimento de autoria do vereador tenente coronel Marcos Paccola (Cidadania), que prevê a realização de uma audiência pública para debater o assunto, está na pauta de votação da sessão plenária desta terça-feira (10).

A intenção do parlamentar é ampliar esse debate no âmbito da capital, tendo em vista que será o município mais atingido, caso esse projeto saia do papel.

A manifestação ocorre em meio à possibilidade de implantação de seis usinas, pela Maturati Participações S.A. e Meta Serviços e Projetos Ltda, no rio que leva o nome do município.  

Vale ressaltar, ainda, que está tramitando no Parlamento Municipal um projeto de lei que proíbe a construção de Usinas Hidrelétricas (UHE) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) em toda a extensão do Rio Cuiabá, compreendida nos limites da capital mato-grossense.

Essa proposta é de autoria do vereador Eduardo Magalhães (Republicano) e tem como objetivo proteger o rio, que teve o seu volume de água prejudicado com a construção da Usina Hidrelétrica do Manso. 

Além disso, o projeto ainda cita as consequências negativas que os empreendimentos podem representar nos estoques pesqueiros e no fornecimento de água dos municípios. 

Além disso, o tema também tem causado debate na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) protocolou o projeto de lei (PL 671/2021) que proíbe a construção de Usinas Hidrelétricas (UHE) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em toda a extensão do Rio Cuiabá.

O parlamentar argumenta que estes empreendimentos, se instalados no Rio Cuiabá, trarão consequências negativas e gerarão desequilíbrio ambiental, interferindo negativamente nos níveis d’ água do rio, estoques peixeiros e até mesmo no fornecimento de águas dos municípios que são dependentes destes cursos d’ água para abastecimento da população.
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