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Notícias / Política

11/09/2021 às 17:12

Eduardo Leite critica polarização e diz que não haverá 2º turno entre Lula e Bolsonaro

Para o governador o RS, que tenta ser o candidato a presidente da terceira via, ambos enfrentam grande rejeição e não devem seguir para o segundo turno

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia

Eduardo Leite critica polarização e diz que não haverá 2º turno entre Lula e Bolsonaro

Foto: Paulo Henrique Fanaia / Leiagora

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), esteve em Cuiabá neste sábado cumprindo agenda das prévias do partido tucano para definir quem será o candidato da sigla para a disputa presidencial e falou sobre suas propostas para o Brasil, comentou sobre o voto em Bolsonaro em 2018, e ainda faz questão de criticar a polarização, se colocando como a terceira via. 

O tucano preferiu não se posicionar em caso de um segundo turno novamente entre Bolsonaro e Lula, e disse que não acredita neste cenário, devido à alta rejeição de ambos. Eduardo negou que tenha apoiado Bolsonaro, dentro de um contexto que não fez campanha, “apenas declarou voto”, em um vídeo em que também fazia críticas. Por outro lado, disse que o Brasil não pode aceitar mais essa disputa entre dois pólos que não fazem bem ao país. 

“Temos que tirar o país dessa polarização. Não podemos aceitar ficar entre o Brasil que somos, que não está bem, e o Brasil que fomos e que não foi bom por conta dos problemas deixados pelo PT.  O que eu quero discutir é o Brasil que podemos ser, que queremos ser, fechar esse capítulo. Essa divisão entre PT e Bolsonaro não é boa para o país, temos que abrir um caminho, eu confio num segundo turno que não será entre essas duas forças, assim como polarizam as intenções de votos, polarizam também as rejeições. E isso, pela minha experiência política no processo eleitoral, vai fazer com que a população procure alternativas, cabe a nós encontrar solução para essas alternativas”, afirmou durante encontro tucano na tarde deste sábado (11) no Hotel Holiday, em Cuiabá. 

Questionado sobre o apoio ao Bolsonaro em 2018, Eduardo negou. “Eu nunca estive no palanque do Bolsonaro em 2018, eu nunca apoie o Bolsonaro, apoiei Geraldo Alckimin, considero apoio pedir voto, o que eu fiz no segundo turno, entre duas candidaturas que estavam colocadas foi fazer minha opção como cidadão e declarei meu voto publicamente. Não pedi voto, nem defendi candidatura. Declarei meu voto, e declarei as razões, fazendo críticas que entendi pertinente, num vídeo que qualquer pessoa pode acessar pelas redes sociais, na minha manifestação de voto”. 

Para ele, naquele momento de recessão econômica, o PT não poderia voltar ao governo, agora busca se conectar aos sentimentos das ruas, porque não é razoável manter no governo um presidente que faz ataques às instituições e não está respondendo do ponto de vista econômico também. “O BR tem uma inflação que cresce mais que em outros países, desempregados que não cede, redução da perspectiva do crescimento econômico, menos de 2%, muito por conta da atuação errática do presidente, e até quando durará esse recuo?”, questiona, numa referência a carta emitida à nação neste semana por Bolsonaro, que foi produzida sob a consultoria do ex-presidente Michel Temer (MDB), que assumiu após o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT). 

Para Eduardo, Bolsonaro gera um ambiente de tensão, com riscos institucionais, políticos e econômicos, e quem vem pagando essa conta é a própria população que sofre com a alta do dólar, dos juros e o aumento do desemprego, além da falta de um ambiente confiável para atrair investimento. “O Brasil precisa sair desse impasse e criar ambientes com mais seriedade, com agenda clara e com ambiente mais seguro aos investidores”, afirmou. 

Já sobre quem apoiaria num cenário de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Eduardo prefere sair pela tangente, cita um poema de Fernando Pessoa, alega que o “se” não existe e diz que tem convicção de que este cenário não irá ocorrer. “Não consigo conjecturar sobre o “Se”, eu só sei que é possível ao Brasil não ter que escolher entre dois caminhos, um que foi errado e outro que está sendo errado, manter o que está aí não é bom, voltar ao passado também não é. Então, tenho convicção de que não vai acontecer Lula e Bolsonaro”, declarou.  

O PSDB teve um péssimo desempenho nas eleições de 2018 com Geraldo Alckmin que teve apenas 4% dos votos na disputa pela Presidência, mas ainda assim, a sigla tucana aposta em ser a terceira via e além de Eduardo, tem João Dória, governador de São Paulo na briga interna do partido. O adversário de Eduardo no PSDB também deve vir a Cuiabá na próxima semana e as prévias tucana estão marcadas para novembro.

 
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