O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), afirma não estar preocupado com a ação que pode culminar em seu retorno à presidência do Parlamento, mas garante que reassumirá o posto, caso a decisão seja favorável.
“Nós vamos aguardar a decisão do Supremo e cumprir a decisão. Assim como eu saí, se a decisão for para voltar, eu volto. Eu não estou mexendo, não acompanhei, não estou ansioso com isso. Agora, se vier uma decisão, nós vamos ter que retroceder e assumir”, disse o parlamentar.
Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes votou favorável ao retorno de Botelho à presidência do Legislativo mato-grossense durante julgamento do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pela Procuradoria Geral da República.
O posicionamento do ministro vai na contramão do voto do relator da ADI, o ministro Alexandre de Moraes, que barrou a reeleição do democrata no ano passado. Por meio de uma decisão liminar, ele decidiu que a eleição da Mesa Diretora deve possibilitar apenas uma recondução sucessiva aos mesmos cargos e determinou a suspensão da eleição que reconduziu Botelho ao terceiro mandato consecutivo, realizada em junho de 2020.
“Eu entendo que esse afastamento foi ilegal, uma vez que o Supremo mesmo já tinha julgado. Então, realmente eu acho que o voto do Gilmar correto e nós vamos cumprir tranquilamente o que vier de lá”, completou Botelho.
Ele afirma, contudo, que não contratou nenhum advogado para acompanhar o caso. “Não atrapalha em nada, eu com o Max temos nosso entendimento, eu falei para ele que não estou mexendo com nada, na contratei ninguém para acompanhar para assessorar, não contactei ninguém. Agora, se acontecer, nós vamos cumprir o que determinar. Se a Justiça mandar, eu tenho certeza que ele vai acatar, assim como eu acatei e ele assumiu a presidência”, finalizou.
