A possibilidade de retorno do deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) à presidência da Assembleia Legislativa parece estar tirando o sono do presidente Max Russi (PSB). O socialista teria, inclusive, contratado uma assessoria jurídica para garantir a sua permanência à frente do Parlamento de Mato Grosso.
A informação é do próprio Botelho, que garante que ele mesmo não irá se desgastar para reassumir o posto. “Eu não estou mexendo com nada, eu não acompanhei nada disso. O deputado Max disse que iria correr atrás para permanecer no cargo. Então, ele deve ter mais informações do que eu a respeito do caso. Eu estou realmente a cavaleiro, quieto, esperando”, enfatizou o parlamentar, frisando, contudo, que não hesitará de assumir a presidência caso a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) será favorável.
“Se vencer naturalmente, eu assumo. Agora, eu correr atrás, procurar ministro, assessoria, eu não vou fazer nada disso. Eu estou muito tranquilo, muito sossegado. Para mim, do jeito que vier, está bom”, disse.
Botelho já teve dois votos em seu favor no julgamento do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) referente à eleição para presidência da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O processo tramita no Supremo. Se posicionaram pelo retorno do democrata os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.
Apesar disso, o deputado afirma que não tem rusgas com Max. “Nenhuma, por isso que eu nem estou correndo atrás. Eu estou muito tranquilo. Se ele ficar na presidência está bom, se eu reassumir também está bom”, diz Botelho, ressaltando que todas as decisões da Assembleia Legislativa são tomadas em conjunto pelo presidente e primeiro-secretário.
“Não muda quase nada, porque o presidente e o primeiro-secretário aqui dentro da casa fazem praticamente tudo junto. A única coisa que o presidente tem a mais é só a composição de pauta do plenário. Então fora isso não tem nada que ele faça sem o primeiro-secretário. Então não muda nada”, finalizou.
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