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Notícias / Política

24/09/2021 às 12:52

Galvan fica em silêncio sobre denúncias e irrita Wilson Santos em CPI

O presidente da Aprosoja Brasil garantiu que os recursos recebidos do Estado não se tratam de verba pública e são utilizados em ações sociais e pesquisas

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Angélica Callejas

Galvan fica em silêncio sobre denúncias e irrita Wilson Santos em CPI

Foto: Angélica Callejas / Leiagora

O clima esquentou durante o depoimento do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho Brasil (Aprosoja), Antônio Galvan, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia Fiscal na Assembleia Legislativa. E teve momentos de bate-boca entre o presidente da CPI, deputado Wilson Santos (PSDB), e o depoente. 

A insatisfação é porque 
Galvan se esquivou da denúncia de que ele teria desviado recursos da entidade em benefício próprio e se manteve apegado ao argumento de se tratam de recursos privados. Ele alegou ainda que não falaria sobre as denúncias feitas pelo filho. 

O depoimento de Galvan, contudo, não agradou em nada ao presidente da CPI, deputado estadual Wilson Santos (PSDB). Para o parlamentar tucano, as declarações do produtor rural não explica as denúncias.

A denúncia seria de que o produtor rural teria desviado recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) no período em que ele esteve à frente da Aprosoja em Mato Grosso. As acusações partiram de Rafael Galvan, filho do presidente da Aprosoja, e vieram à tona por meio de áudios em um aplicativo de mensagem.

“Eu só vou responder uma pergunta se ela tiver formalizada por escrito por ele, não por conversa de WhatsApp ou mídia, e me reservo no direito de declarar somente isso”, se limitou a dizer.

Por outro lado, negou que a Aprosoja se utilize de recursos público para manter as suas atividades. “Do meu conhecimento nunca tivemos recursos públicos do governo do estado de Mato Grosso dentro da nossa instituição, inclusive, já houve declarações das autoridades competentes, e uma declaração muito clara da própria PGE. Todos os recursos que vão para nossas entidades são recursos privados”, garantiu.

Questionado sobre a destinação do dinheiro arrecadado pela entidade, Galvan afirma que são realizados alguns investimentos. “Utilizamos em ações sociais, em pesquisas, e na manutenção da máquina”, informou colocando ainda que a Aprosoja Mato Grosso contribui com a entidade nacional.

Wilson não gostou nada da postura do agricultor e reclamou da falta de transparência. Ele alegou ainda que os repasses seriam ilegais, já que saem direto da Sefaz para a entidade. “O presidente falou muito e respondeu pouco. Ele não trouxe uma prestação de contas dos R$ 128 milhões. Deixa os deputados com duvidas na cabeça e há projetos na casa para acabar com esse fundo, ou determinar a obrigatoriedade de prestação de contas na Assembleia”, enfatizou.

Diante disso, ele garante que irá mais a fundo nos fatos. “Nós temos denúncias de malversação dos recursos, denúncias do próprio filho do presidente que há desvio na Aprosoja. Não vamos parar por aqui. Foi só o começo das investigações dos recursos do Fethab para Aprosoja. A presença do senhor Galvan não trouxe nenhum esclarecimento, e nós vamos nos aprofundar nesse assunto”, finalizou.

Ainda durante o depoimento, o deputado Carlos Avalone (PSDB) tentou amenizar o clima tenso criado pelos embates entre Wilson e Galvan e aproveitou para alertar que a Assembleia é uma casa política e poderá acabar com o fundo e exigir as prestações de contas.

Atualmente, tramita no Legislativo, uma Proposta de Emenda à Constituição, de autoria do deputado Lúdio Cabral (PT), que prevê alterar o artigo 46 da Constituição Estadual para exigir que as entidades do agro tenham que prestar conta sobre os repasses feitos pelo Estado. 

Gilberto Cattani (PSL) também participou da CPI e até tentou ajudar Galvan em alguns momentos, mas foi barrado por Wilson Santos, que chegou a perguntar se o colega estava participando como parlamentar ou auxiliar do advogado do produtor rural.

Quem também tentou criar um clima mais favorável para Galvan foi o deputado Valmir Moretto (Republicanos), que aproveitou para falar sobre a produção mato-grossense, tirar dúvidas e falar da importância do agro para Mato Grosso. 
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