A empresária Ana Claudia de Souza Oliveira Flor, acusada de encomendar a morte do marido, o também empresário Toni Flor, teve mais uma tentativa frustrada de deixar a prisão. Isso, porque a Justiça rejeitou os argumentos da defesa e manteve a prisão preventiva.
A decisão foi proferida nesta quinta-feira (30) pelo juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Ela havia ingressado com um pedido de revogação alegando a inexistência dos requisitos necessários à segregação cautelar, pugnando ainda pela concessão de prisão domiciliar com a aplicação de monitoramento eletrônico, tendo em vista que possui três filhas menores de idade.
Os argumentos apresentados foram rejeitados pelo magistrado, que apontou que devido à gravidade do crime, Ana Claudia não se enquadraria na prisão domiciliar, mesmo tendo filhas.
“Observo que o crime descrito fora cometido com violência e grave ameaça, pois se extrai que a vítima foi atingida por vários disparos de arma de fogo, culminando a ação no óbito de Toni Flor”, completou o juiz na decisão.
Ana Cláudia Flor é acusada de ser a mandante do homicídio de seu marido. Ela foi presa em meados do mês passado. Outras quatro pessoas também estão detidas acusadas de envolvimento no crime.
O crime ocorreu no dia 11 de agosto de 2020, no momento em que a vítima chegava a uma academia, no bairro Santa Marta em Cuiabá. O suspeito estava em frente ao estabelecimento, de cabeça baixa, e perguntou pelo nome da vítima, que quando foi responder foi alvejada por diversos disparos.
A vítima correu para o interior da academia, sendo socorrida e encaminhada para o pronto-socorro, com quatro ferimentos de arma de fogo. Toni chegou ao hospital consciente, sendo encaminhado imediatamente para cirurgia, porém não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois.