A abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da BR-163 tem mais um aliado de peso, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB). O chefe da Casa de Leis classifica como vergonhosa a gestão da concessionária Rota do Oeste no trecho da rodovia federal que passa pelo Estado, e defende que o contrato com a empresa deve acabar.
Para Max, os diversos acidentes que ocorrem na BR-163 são por descaso da concessionária. “Foi feito um contrato lá atrás, a empresa não cumpre, a empresa está ganhando. Está ganhando não é pouco não, é 500 milhões no ano, é muito dinheiro. Dá para fazer muita obra, muito asfalto, mas não querem fazer”, avaliou.
Segundo o deputado, o Ministério Público, a Assembleia, a Ordem dos Advogados (OAB) e a bancada federal de Mato Grosso são contra a manutenção do contrato com a Rota do Oeste, que foi firmado em 2014. A empresa tem mais 23 anos de concessão do trecho.
O contrato previa um investimento de R$ 5,5 bilhões no trecho, porém, pouco foi feito até o momento. “Tem que vir alguém que vai fazer essa obra, gente, não dá mais para esperar isso. Não é justo que para o norte do Estado não ter essa mesma condição”, cobra Max.
Em 2019, a concessionária iniciou a cobrança dos pedágios, mesmo sem ter realizado a duplicação da rodovia, que era previsto em contrato, o que causou grande aborrecimento entre os políticos de MT.
Russi afirma já estar coletando assinaturas para abertura do inquérito. Entretanto, ele pontua que recebeu um pedido do deputado Gilberto Cattani (PSL), dizendo que tentaria resolver a questão diretamente no Ministério da Infraestrutura.
“Vou dar o tempo para o Cattani também, porque eu acho que faz parte da democracia dar oportunidade. Ele é um deputado bastante influente junto ao governo federal, e se ele conseguir resolver esse problema, parabéns. Vai ter o meu apoio total”.
