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Notícias / Política

30/12/2021 às 08:10

Em um ano, Câmara de Cuiabá instaura 4 CPIs e conclui apenas uma

Trata-se da CPI dos Medicamentos, que foi a investigação mais polêmica do Legislativo Cuiabano

Kamila Arruda

Em um ano, Câmara de Cuiabá instaura 4 CPIs e conclui apenas uma

Foto: Câmara de Cuiabá

Em um ano, os vereadores da nova legislatura da Câmara de Cuiabá conseguiram instaurar quatro Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI). Destas, apenas uma foi concluída em 2021. Trata-se da CPI dos Medicamentos, a investigação mais polêmica, que culminou no indiciamento de 45 pessoas.

A investigação, conduzida pelos vereadores Marcus Brito Junior (PV), Lilo Pinheiro (PDT) e tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadani), foi concluída após sete meses de trabalho.

O relatório final apontou o envolvimento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e de outros agentes políticos no episódio que provocou o vencimento de diversos de medicamentos no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos da Capital (CDMIC).

O documento aponta que 34 pessoas estiveram diretamete ligadas ao vencimeto dos medicamentos, e as 11 demais no direcionamento para a contratação das empresas Norge Pharma e Log Lab, que atuaram no CDMIC.
 
CPI da Sonegação Fiscal
 
Criada em março deste ano por meio de um requerimento do vereador Chico 2000 (PL), a CPI da Sonegação Fiscal apura as instituições financeiras estabelecidas no município que estariam recolhendo tributos para o tesouro cuiabano muito abaixo de suas potencialidades.

Na legislatura passada, a investigação também chegou a ser aberta por meio de um requerimento apresentado pelo próprio Chico 2000. A CPI foi efetivada em 2019 e teve os seus trabalhos prorrogados, mas devido à pandemia, foram suspensos. Com o fim da última legislatura, a comissão foi arquivada.

A investigação é motivada pela denúncia de que as instituições financeiras não estão recolhendo o ISSQN de forma adequada, lesando, assim, os cofres públicos da Capital. Nesta linha, a Comissão já conseguiu apurar que somente no ano de 2016, as empresas de cartão de débito e crédito instaladas na Capital, deixaram de recolher R$ 9.787.567,13 milhões em Imposto de Serviços sobre Qualquer Natureza (ISSQN), porém, o valor pode chegar até R$ 33 milhões se contabilizar os juros e correções. 

A CPI ainda irá concluir o levantamento dos anos seguintes, acrescentar os valores referentes a multas, juros e correções, e pedir o ressarcimento aos cofres públicos. Com o recurso, Chico acredita que será possível realizar uma série de investimentos na Capital.
 
CPI dos Contratos
 
A CPI dos Contratos foi instaurada em abril deste ano devido a uma manobra dos vereadores da base governista, que queriam evitar que a investigação caísse nas mãos dos parlamentares de oposição.

Em suma, a CPI visa apurar todos os contratos firmados pelo Poder Executivo desde janeiro de 2013 até abril deste ano. Integram o grupo os vereadores Chico 2000 (PL) como presidente, Demilson Nogueira (PP) como relator, e Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania) como membro titular.

Apesar de já ter sido prorrogada, a Comissão ainda não mostrou a que veio. Até o momento, não apresentou nenhuma prévia dos trabalhos realizados.
 
CPI do Covidão
 
A Comissão Parlamentar de Inquérito que visa apurar a existência de uma organização criminosa no âmbito da Secretaria de Saúde da Capital foi a última CPI a ser instaurada no Parlamento Municipal neste ano. Intitulada de CPI do Covidão, a medida é reflexo das últimas operações realizadas pela Polícia Civil e Polícia Federal que teve como alvo a Secretaria de Saúde, inclusive, com a prisão do ex-secretário Célio Rodrigues, que é acusado de desviar recursos e lavar dinheiro com empresas em nomes de terceiros. 
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